RESUMO: Muito se fala sobre esse tema extremamente intrigante e complexo, que a cada ano é mais pesquisado e buscamos respostas que possam nos fazer entender, de fato o tema, que se torna mais importante a cada dia, pois está sempre na mídia, seja em filmes ou series, e também nos noticiários diários. A psicopatia ainda nos dias de hoje é um tema que gera muitas dúvidas, seria causado por fatores ambientais, genéticos ou fisiológicos? O que se sabe sobre a psicopatia hoje?
OBJETIVO: Compreender esse tema tão importante, até mesmo como forma de proteção individual, pois os psicopatas estão em todo o lugar e em algum momento de nossas vidas iremos cruzar caminho com um deles.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, foram utilizados artigos científicos das bases de dados: SCIELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), além de livros, como o Compêndio de Psiquiatria (Kaplan e Sadock), Mentes Perigosas (Ana Beatriz Barbosa) e DSM-5 (Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram selecionados somente artigos e livros que embasam o tema de forma clara e objetiva.
O primeiro estudo sobre o tema psicopatia só foi publicado em 1941, com o livro A máscara da sanidade, de autoria do psiquiatra americano Hervey Cleckley.
O DSM-5 caracteriza psicopatia como sendo a característica essencial do transtorno da personalidade antissocial, um padrão difuso de indiferença e violação dos direitos dos outros, surgindo na infância e continuando na vida adulta. Padrão esse, referido também por psicopatia, sociopatia, transtorno da personalidade dissocial. Segundo o renomado psiquiatra Guido Palomba em sua obra de 2002, Tratado de Psiquiatria Forense Civil e Penal, mantém a expressão condutopatia em conjunto com psicopatia.
O diagnóstico só pode ser firmado após os 18 anos, tendo apresentado algum transtorno de conduta antes dos 15 anos, como: agressão a pessoas e animais, destruição de propriedade, fraude, roubo ou grave violação das regras.
Segundo a médica, psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa, a natureza dos psicopatas é devastadora, assustadora, e, aos poucos, a ciência começa a se aprofundar e a compreender aquilo que contradiz a própria natureza.
Ela defende também que, um fator limitante das pesquisas em psicopatas é que só podem ser realizadas em penitenciarias. Um ser psicopata subcriminal dificilmente vai falar sobre seus atos ilícitos.
Mas de fato o que torna uma pessoa psicopata, seriam fatores genéticos, ambientais ou fisiológicos? A pergunta é pertinente, ainda mais por sabermos que 4% da população possui algum grau de psicopatia, seja ele leve, moderado ou grave e que não há possibilidade de cura.
A teoria mais aceita sobre psicopatia afirma que o sistema límbico em psicopatas está praticamente desativado, já nas pessoas que não apresentam esse comportamento o sistema límbico e lobo frontal atuam juntos, proporcionando assim equilíbrio entre razão e emoção.
A Ressonância Magnética Funcional é responsável por constatar quais áreas do cérebro são ativadas em determinados momentos, e através dela pode-se comprovar a ausência de emoções, pois o psicopata apresenta a mesma reação tanto para imagens agradáveis quanto perversas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: ficou claro após o fim desta pesquisa, as dificuldades em abordar com clareza este tema e a importância de ser cada vez mais estudado. Mesmo pesquisando vários autores, é clara a divergência de opiniões. No entanto uma coisa é certa, psicopatas são perigosos e representam 4% da população, é importante sabermos reconhecer, para assim evitar danos maiores. Sua natureza perversa não tem limites, é um ser cruel e insano, de fato um verdadeiro lobo em pele de cordeiro.
Comissão Organizadora
Guilherme da Mota Carvalho
Pablo Abdon da Costa Francez
Comissão Científica
Pablo Abdon da Costa Francez