Paracoccidioidomicose: epidemiologia, fisiopatologia e formas clínicas

  • Autor
  • Gessica Hellen Silva dos Anjos
  • Co-autores
  • Carolina Maria da Silva
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica considerada um importante problema de saúde pública. É restrita a américa latina com 80% dos casos oriundos do Brasil, possui como agente etiológico os fungos Paracoccidioides brasiliensis e P. lutzii. Essas espécies são termodimórficas, sendo visualizadas na forma micelar em vida sapróbia e leveduriforme no parasitismo. A doença é adquirida por meio da inalação de propágulos do fungo, o patógeno possui a capacidade de disseminação dos pulmões para outros órgãos por meio das vias linfáticas e hematogênicas. É endêmica na população rural, afetando principalmente homens na faixa etária de 30-60 anos, em mulheres a infecção é rara devido ao fator de proteção exercido pelo estrógeno. OBJETIVO: Descrever a epidemiologia, formas clínicas, fisiopatologia referentes a paracoccidioidomicose. METODOLOGIA: Esta pesquisa retrata uma revisão da literatura qualitativa. A busca por artigos indexados foi realizada em bases de dados científicos como: PUBMED, EBSCO, GOOGLE ACADÊMICO e SCIELO. Na busca foram utilizados os seguintes descritores: paracoccidioidomicose; formas clínicas; epidemiologia. Foram incluídos os artigos publicados nos últimos 15 anos, nas línguas portuguesa e inglesa. RESULTADOS: No Brasil a paracoccidioidomicose possui maior prevalência no sul, sudeste e centro- oeste. A infecção é adquirida geralmente na infância, porém o fungo pode permanecer latente em lesões fibróticas por anos. A micose apresenta como quadro clínico perda de peso, tosse, hemoptise, febre, prurido, ardor e lesões cutâneas e mucosas evidentes, apresentando duas principais formas. A forma aguda ou juvenil é caracterizada por hepatoesplenomegalia, sintomas digestivos, osteoarticulares e cutâneos, linfonodomegalia apresentando supuração com raro comprometimento pulmonar, representando 3- 5% dos casos. A forma crônica pode se apresentar como unifocal, quando ocorre o comprometimento pulmonar com a presença de infiltrado reticulonodular, a forma multifocal acomete outros sítios além do pulmonar, como mucosas e ápice dos dentes. CONCLUSÃO: Levando-se em conta a grande prevalência desta micose em território nacional e sua capacidade de incapacitar seus hospedeiros, se faz necessário a implementação de políticas de saúde, bem como o treinamento dos profissionais para o diagnóstico precoce e tratamento adequado.

  • Palavras-chave
  • Paracoccidioidomicose, epidemiologia, formas clínicas, fisiopatologia.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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Comissão Científica

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