INTRODUÇÃO: A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica considerada um importante problema de saúde pública. É restrita a américa latina com 80% dos casos oriundos do Brasil, possui como agente etiológico os fungos Paracoccidioides brasiliensis e P. lutzii. Essas espécies são termodimórficas, sendo visualizadas na forma micelar em vida sapróbia e leveduriforme no parasitismo. A doença é adquirida por meio da inalação de propágulos do fungo, o patógeno possui a capacidade de disseminação dos pulmões para outros órgãos por meio das vias linfáticas e hematogênicas. É endêmica na população rural, afetando principalmente homens na faixa etária de 30-60 anos, em mulheres a infecção é rara devido ao fator de proteção exercido pelo estrógeno. OBJETIVO: Descrever a epidemiologia, formas clínicas, fisiopatologia referentes a paracoccidioidomicose. METODOLOGIA: Esta pesquisa retrata uma revisão da literatura qualitativa. A busca por artigos indexados foi realizada em bases de dados científicos como: PUBMED, EBSCO, GOOGLE ACADÊMICO e SCIELO. Na busca foram utilizados os seguintes descritores: paracoccidioidomicose; formas clínicas; epidemiologia. Foram incluídos os artigos publicados nos últimos 15 anos, nas línguas portuguesa e inglesa. RESULTADOS: No Brasil a paracoccidioidomicose possui maior prevalência no sul, sudeste e centro- oeste. A infecção é adquirida geralmente na infância, porém o fungo pode permanecer latente em lesões fibróticas por anos. A micose apresenta como quadro clínico perda de peso, tosse, hemoptise, febre, prurido, ardor e lesões cutâneas e mucosas evidentes, apresentando duas principais formas. A forma aguda ou juvenil é caracterizada por hepatoesplenomegalia, sintomas digestivos, osteoarticulares e cutâneos, linfonodomegalia apresentando supuração com raro comprometimento pulmonar, representando 3- 5% dos casos. A forma crônica pode se apresentar como unifocal, quando ocorre o comprometimento pulmonar com a presença de infiltrado reticulonodular, a forma multifocal acomete outros sítios além do pulmonar, como mucosas e ápice dos dentes. CONCLUSÃO: Levando-se em conta a grande prevalência desta micose em território nacional e sua capacidade de incapacitar seus hospedeiros, se faz necessário a implementação de políticas de saúde, bem como o treinamento dos profissionais para o diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Comissão Organizadora
Liga Acadêmica de Infectologia e Vigilância em Saúde
Beatriz Ortegal Freire - Diretora Científica da LAIVS
Luana Lara Neves - Vice-diretora científica da LAIVS
Gabriela Kich - Ligante LAIVS
Laura Carneiro - LAIVS
Comissão Científica
Dr. Marcos Antonio Barbosa Pacheco
Dr. Lídio Gonçalves Lima Neto
Dr. Fabrício da Silva Pessoa
Dra. Lilaléa França
Ms. Mara Pimentel
Dra. Tânia Gaspar
Dra. Janine Godoy
Dra. Mylena Torres