Perfil de susceptibilidade antifúngica de fungos isolados de pacientes com câncer de um hospital de referência em São Luís – MA

  • Autor
  • Alessandra Teixeira de Macedo
  • Co-autores
  • Conceição de Maria Pedroso e Silva de Azevedo , Heylane Ferreira Cutrim , Sirlei Garcia Marques , Rodrigo Assunção de Holanda , Julliana Ribeiro Alves Dos Santos
  • Resumo
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    Introdução: A incidência de infecções fúngicas oportunistas tem aumentado nos últimos anos e ocorrem com frequência em pacientes com câncer devido à imunossupressão inerente, decorrente do tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia. As infecções fúngicas invasivas se tornaram uma das principais causas de morbidade e mortalidade em pacientes com câncer, sendo difíceis de diagnosticar e tratar, devido a dificuldade de caracterização e resistência dos patógenos fúngicos. Objetivo: Avaliar o perfil de susceptibilidade antifúngica de fungos isolados de pacientes com câncer de um hospital de referência em São Luís – MA. Metodologia: O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade CEUMA, com número de parecer 3.754.016. Os fungos foram isolados a partir de amostras biológicas (Sangue, urina e secreção traqueal) de pacientes com câncer que fizeram radioterapia e/ou quimioterapia. Os isolados fúngicos foram identificados por espectrometria de massa MALDI-TOF. O perfil de susceptibilidade aos antifúngicos fluconazol, anfotericina B, voriconazol, caspofungina, micafungina, flucitosina e ketoconazol foi determinado pelo aparelho Vitek-2. Resultados: Foram obtidos 13 isolados fúngicos, 12 pertencentes ao gênero Candida, sendo 5 Candida tropicalis, 3 Candida albicans, 2 Candida glabrata, 1 Candida pelliculosa, 1 Candida parapsilosis e 1 Cryptococcus neoformans. De acordo com o perfil de susceptibilidade, a maioria das amostras foram sensíveis aos antifúngicos testados, com exceção dos isolados CG21 e CG05, o primeiro apresentou resistência ao fluconazol e a caspofungina e o segundo somente ao fluconazol. Conclusão: Os isolados fúngicos resistentes a drogas são uma séria preocupação em pacientes com câncer, pois podem invadir os tecidos mais profundos, levando à infecção disseminada, de difícil tratamento. Deste modo, a determinação do perfil de susceptibilidade antifúngica é essencial para a escolha do antifúngico adequado, para eficácia no tratamento e para a vigilância periódica das infecções fúngicas.

    Referências

    ASLANI, N. et al. Identification of uncommon oral yeasts from cancer patients by MALDITOF mass spectrometry. BMC Infectious Diseases, v. 18, n. 1, p. 1–11, 2018.

     FRIEDMAN; SCHWARTZ. Emerging Fungal Infections: New Patients, New Patterns, and New Pathogens. Journal of Fungi, v. 5, n. 3, p. 67, 2019.

     

     

     

     

  • Palavras-chave
  • Câncer, infecção fúngica, antifúngicos, resistência.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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