Aspectos epidemiológicos da população positiva para esquistossomose

  • Autor
  • Joaquim Ferreira Fernandes
  • Co-autores
  • Bárbara Custódio Rodrigues da Silva , Mariana de Oliveira Andrade , Rafael Caldas Esteves Segato , Júlia Raquel Silva do Ó , Juliana Gabriel de Araújo , Bárbara Ferreira Fernandes
  • Resumo
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    Introdução: A esquistossomose é causada pelo helminto Schistosoma mansoni. A transmissão é feita pelo meio fecal-oral ou através dos caramujos do gênero Biomphalaria, que são hospedeiros intermediários. O diagnóstico constitui de métodos imunológicos e presença de ovos nas fezes. O tratamento medicamentoso é realizado através de quimioterápicos como praziquantel e oxamniquine. No Brasil, tem o Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) que desenvolve ações com intuito de controlar a doença. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da população positiva para esquistossomose de acordo com o ano da notificação e a região de notificação do Brasil no período de 2008 a 2017. Metodologia: Estudo descritivo, longitudinal e observacional, que avalia os indivíduos positivos para esquistossomose no Brasil do período de 2008 a 2017, sendo que foi considerado a relação e notificações de acordo com o ano e a região do país. Os dados coletados foram retirados do PCE presente no DATASUS, e as informações apresentadas consideram apenas Unidades da Federação endêmicas. Resultados: No Brasil possui um total de 425.580 de indivíduos positivos para esquistossomose no período analisado, sendo que as regiões analisadas foram só as endêmicas, devido a isso o Centro-Oeste não apresenta dados. A região Nordeste apresenta a maior taxa de positivos, e representa 74,72% (n=318.018) das notificações, já a região Sul tem a menor taxa de indivíduos positivos, que é 0,12% (n=530). As régios Norte e Sudeste apresentam as seguintes taxas, respectivamente: 0,39% (n=1.654) e 24,76% (n=105.378). O estado de Alagoas apresenta 25,22% (n=107.347) de todas as notificações de indivíduos positivos, e supera a região Sudeste, que é a segunda região com maior número de positivos, segundo o PCE. Conclusão: Este estudo apresentou as principais regiões acometidas pelo Schistosoma mansoni, e torna possível a análise da necessidade de políticas públicas capazes de combater essa doença, como, por exemplo, a adequação do saneamento das regiões, um fator importante e negligenciado pelas ações governamentais. Portanto, o PCE pode ser utilizado, mesmo com suas limitações, como um mecanismo de identificação das áreas com um precário ou inexistente saneamento básico.

     

  • Palavras-chave
  • Esquistossomose, Schistossoma mansoni, epidemiologia.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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