INTERNAÇÕES POR CLAMÍDIA: UMA ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA

  • Autor
  • Bárbara Custódio Rodrigues da Silva
  • Co-autores
  • Joaquim Ferreira Fernandes , Júlia Raquel Silva do Ó , Maria Rita Rodrigues da Cunha , Mariana de Oliveira Andrade , Rafael Caldas Esteves Segato , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível, que afeta homens e mulheres, principalmente, em idade reprodutiva. Cerca de 80% dos pacientes infectados são assintomáticos, mas pode haver manifestações clínicas entre a 1ª e 3ª semana, após o contágio, como: corrimento vaginal purulento, sangramentos e dispareunia. O tratamento é simples e se dá por meio da prescrição de antibióticos. Contudo, diagnósticos tardios podem levar a complicações mais graves. Como, no Brasil, os casos de clamídia não são de notificação obrigatória, não há dados epidemiológicos oficiais. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico das internações, por clamídia, transmitida por via sexual, segundo as regiões brasileiras, o sexo e a faixa etária dos pacientes, entre os anos de 2011 e 2020. MÉTODO: Estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo, acerca da quantidade de internações, por clamídia, transmitida por via sexual, segundo as regiões brasileiras, o sexo e a faixa etária dos pacientes. Os dados coletados foram provenientes do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde e referem-se ao período de 2011 a 2020. RESULTADOS: No período analisado, houve 489 internações por clamídia transmitida por via sexual, no Brasil. As regiões Nordeste e Sudeste tiveram as maiores quantidades de internações por clamídia, com 194 e 144 casos, respectivamente; enquanto, a região Centro-Oeste teve o menor registro, com 40 hospitalizações. Do total de casos, 60,5% (n=296) eram do sexo feminino. Ao analisar a faixa etária dos pacientes, percebeu-se que as internações foram mais frequentes entre 20 a 29 anos (n=97), seguidas dos pacientes menores que 1 ano de idade (n=75).  Além disso, notou-se que os idosos, acima de 60 anos, foram responsáveis por quase 20% do valor total contabilizado, ao longo dos anos. CONCLUSÃO: A região com maior déficit na área da saúde é reponsável pelo maior número de internações. Além disso, é importante atentar-se ao grande número de casos em bebês e idosos, possivelmente, pelo fato de serem grupos de menor resistência imunológica ou por terem menos destaques nas políticas de prevenção. Assim, os dados apresentados, sobre a distribuição nas regiões, sexo e faixa etária dos pacientes, servem para tornar as campanhas de saúde mais eficazes, adentrando nos grupos que necessitam de maior atenção.

     

  • Palavras-chave
  • Infecções, hospitalização, doenças sexualmente transmissíveis
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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Comissão Organizadora

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Luana Lara Neves - Vice-diretora científica da LAIVS

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Comissão Científica

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