Sífilis: uma epidemia silenciosa

  • Autor
  • Ana Cássia Gonzalez dos Santos Estrela
  • Co-autores
  • Ligia Aurelio Vieira Pianta Tavares , Isabela da Costa Monnerat
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: Estimativas da OMS sugerem que existem cerca 6,3 milhões novos casos de sífilis a cada ano no mundo. A sífilis reaparece com status de epidemia, um grave problema de saúde pública, apesar de ser uma infecção curável. Tem transmissão sexual, ou vertical, e eventualmente por sangue infectado. É uma doença que apresenta tratamento acessível e eficaz, considerado de padrão ouro, mas ainda exibe altas taxas de incidência em mortalidade neonatal e fetal significativa. OBJETIVO: Analisar as causas do aumento da incidência de casos de sífilis congênita no Brasil. METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão de literatura, baseado em 6 artigos, entre 2010 a 2020, nas bases de dados Biblioteca Eletrônica Científica Online e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, utilizando os descritores: “sífilis”; “sífilis congênita” “incidência” e “transmissão”, e o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de 2018. RESULTADOS: A pesquisa evidenciou aumento na taxa de incidência de sífilis gestacional e congênita, no período de 2016 a 2018, na qual a sífilis gestacional passou de 13,4 % para 21,4% casos a cada mil nascidos vivos, e a sífilis congênita aumentou de 7,1% para 9% casos por mil nascidos vivos, o elevado número destes casos pode ser explicado pela falha na assistência pré-natal, que interfere na realização de diagnóstico precoce e tratamento adequado e em tempo oportuno. Outro fator apontado foi de que 56% dos casos de sífilis congênita notificados apresentaram esquema de tratamento inadequado. CONCLUSÃO: Se faz necessário a captação precoce da gestante, ampliação da cobertura diagnóstica e tratamento oportuno e adequado da gestante e parceiro, como medida profilática de uma possível reinfecção. A intensificação da vigilância da infecção de sífilis em gestante é de suma importância, devendo logo determinar o estado sorológico e iniciar imediatamente a terapêutica materna, viabilizando o planejamento e a avaliação das medidas de prevenção e controle da transmissão vertical da T. pallidum, e mantendo essa vigilância até sua alta. No tocante aos dados epidemiológicos, considerando o crescente aumento de notificações de sífilis gestacional e consequentemente sífilis congênita no Brasil é de fundamental importância conhecer o perfil das gestantes e crianças infectadas, para que medidas reducionais mais efetivas sejam estabelecidas.

  • Palavras-chave
  • Sífilis, Sífilis Congênita, Incidência, Transmissão.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • VIGILÂNCIA EM SAÚDE PARA DOENÇAS INFECCIOSAS
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