Síndrome Congênita do Vírus Zika: cenário epidemiológico brasileiro

  • Autor
  • Ligia Aurelio Vieira Pianta Tavares
  • Co-autores
  • Ana Cássia Gonzalez dos Santos Estrela , Isabela da Costa Monnerat
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2016 confirma a relação entre a infecção pelo Zika durante a gravidez e a ocorrência de microcefalia, classificando esse evento como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). A partir de 2016, a microcefalia passou a ser caracterizada  como uma das manifestações  da Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCZ), que é um conjunto de sinais e sintomas presentes em crianças nascidas de mães infectadas por este vírus durante o período gestacional. Muito embora o período de emergência tenha sido encerrado, novos casos de SCZ continuam ocorrendo no país. O Ministério da Saúde continua monitorando os casos da doença em território nacional e a vigilância da SCZ ocorre a partir da notificação dos casos suspeitos pelos profissionais de saúde. OBJETIVO: Conhecer a incidência epidemiológica a nível nacional da Síndrome Congênita do Vírus Zika. METODOLOGIA: Estudo transversal, retrospectivo, quantitativo através de dados do Boletim Epidemiológico 2020, ano referência 2019. RESULTADOS: Nos últimos quatro anos, no total foram confirmados 3.474 casos no país. Destes, 954 foram confirmados em 2015; 1.927 em 2016; 360 em 2017; 178 em 2018. Especificamente no ano de 2019, onde pela primeira vez houve um boletim epidemiológico exclusivo da Síndrome, foram notificados 1.462 casos de SCZ embora somente 72 casos foram confirmados. Neste ano, as principais características dos casos confirmados e dos óbitos por SCZ foram de maioria do sexo feminino (63,9% dos confirmados e 70,0% dos óbitos), apresentando baixo peso ao nascer (52,8% e 60,0%) e à termo (59,7% e 40,0%). Entre mães multíparas houve maior proporção de casos confirmados (50%) e óbitos (40%), e que não tiveram perdas fetais/abortos anteriores sendo 58% dos casos confirmados e 60% referente ao óbito. Dentre as classes de idade, mulheres entre 20 e 34 anos tiveram a maior parte dos casos confirmados (55,6%) e, com relação aos óbitos, as classes de idade mais frequentes foram 15 a 19 e 20 a 34 anos (igualmente, 40,0%). CONCLUSÃO: Os dados apresentados neste estudo demonstram que, apesar do período epidêmico aparentemente já estar encerrado, há ainda incidência da SCZ, sendo de suma importância uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação doença.

  • Palavras-chave
  • Vírus Zika, Epidemiologia, Síndrome Congênita.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • VIGILÂNCIA EM SAÚDE PARA DOENÇAS INFECCIOSAS
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