Cloroquina e Hidroxicloroquina: Opções Terapêuticas para a COVID-19?

  • Autor
  • Sidney Silva de Souza
  • Co-autores
  • Gabriella Santos Barros , Ivenis Raphael Cavalcante do Nascimento , Érica Cristina de Oliveira Araújo , Taise Maria Clemente Nunes dos Santos , Eliane Aparecida Campesatto
  • Resumo
  •  

    Introdução: A cloroquina (CQ) e a hidroxicloroquina (HCQ) fazem parte da classe de fármacos antimaláricos e pertencentes à família quinolínica. Sendo a HCQ um análogo da CQ no qual um dos substituintes N-etil é ?-hidroxilado. Apresentam uma longa história na prevenção e tratamento da malária e no tratamento de doenças inflamatórias crônicas, incluindo lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide. A ausência de um tratamento eficaz contra o SARS-CoV-2 levou os pesquisadores a redirecionarem medicamentos que são conhecidos por serem eficazes para outras condições médicas ao tratamento da COVID-19. Chave entre esses reaproveitados agentes terapêuticos são os fármacos antimaláricos CQ e HCQ. Objetivo: Explanar a relação do uso da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica, a fim de buscar evidências científicas. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: PubMed, ScienceDirect, Biblioteca Virtual em Saúde (BSV Brasil) e Periódicos da CAPES empregando os seguintes descritores “tratamento”, “cloroquina”, “hidroxicloroquina” e “infecções por coronavirus”. Encontraram-se 396 trabalhos publicados onde 2 estudos pertinentes foram selecionados para elaboração do resumo científico. Resultados: A CQ e HCQ apresentaram potente atividade antiviral contra o SARS-CoV-2 nos estudos in vitro. Parecem bloquear a entrada viral das células, inibindo a glicosilação dos receptores do hospedeiro, o processamento proteolítico e a acidificação endossômica. Esses agentes também apresentam efeitos imunomoduladores por meio da atenuação da produção de citocinas e inibição da atividade autofágica e lisossômica nas células hospedeiras. Existem relatos de experiências terapêuticas do uso desses fármacos na síndrome respiratória aguda grave causada pelo SARS-CoV, e na síndrome respiratória do oriente médio causada pelo MERS-CoV. Todavia, não existem evidências de alta qualidade para a eficácia no tratamento dessas doenças. O uso da CQ e HCQ para a COVID-19 baseia-se em experiências que mostraram respostas variáveis em análise observacionais não controladas, e estudos randomizados abertos que foram inconclusivos. Conclusão: Dado o exposto, concluímos que a adoção da cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19 deve ser baseada em resultados de ensaios clínicos randomizados e controlados.

     

  • Palavras-chave
  • Cloroquina, Hidroxicloroquina, Infecções por Coronavirus, Tratamento.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • INFECTOLOGIA
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