NEUROCIÊNCIA APLICADA À ARQUITETURA: EXPLORANDO O POTENCIAL DO AMBIENTE CONSTRUÍDO NAS RESPOSTAS NEUROLÓGICAS

  • Autor
  • João Paulo Lucchetta Pompermaier
  • Co-autores
  • Lara Lima Felisberto , Ivinara Romero Fogaça , Sandra Marlise Cescon , Janaina Torquato Santos
  • Resumo
  • Introdução: A neurociência aplicada à arquitetura, conhecida popularmente como neuroarquitetura, é um campo multidisciplinar que combina neurociência, psicologia e arquitetura em uma linha de pensamento que estuda como o ambiente construído impacta o cérebro. Os estudos de neuroarquitetura são recentes, foi somente em 2003, com a criação da Academy of Neuroscience for Architecture (ANFA) em San Diego, na Califórnia (EUA), que o termo passou a ser utilizado oficialmente. Diversos estudos apontam que os espaços, por meio de elementos como luz, forma e materialidade, podem influenciar o estado emocional e cognitivo das pessoas e cada vez mais se tem um entendimento da relação entre ambiente e as respostas neurológicas. Objetivo: Explorar como diferentes características arquitetônicas afetam e influenciam a ativação cerebral, relatando algumas decisões de projeto focadas em aspectos sensoriais e emocionais. Método: Exploratório e descritivo, recorrendo à literatura para identificar estudos sobre a relação entre neurociência e arquitetura. Foram analisadas publicações científicas que examinaram as respostas emocionais e cognitivas a diferentes tipos de espaços. Resultados: A neuroarquitetura tem evidenciado que o ambiente construído influencia diretamente nas respostas neurológicas. Estudos realizados em diferentes locais do mundo têm influenciado e alterado a forma de projetar, fazendo com que arquitetos reflitam sobre as decisões de projeto. Espaços com características naturais e elementos biofílicos, como plantas e iluminação natural, ativam o córtex pré-frontal, promovendo estados de relaxamento e bem-estar (Zhang et al., 2024). Ambientes com alta complexidade visual ou desorganizados estimulam o sistema límbico, associado a respostas de estresse (Zordan; Je, 2024). A teoria do “mapa cognitivo” sugere que o hipocampo é ativado em ambientes que facilitam a navegação e orientação espacial, reforçando a importância do design na percepção e memória espacial (Bermudez-Contreras; Clark; Wilber, 2020). Conclusões: A neurociência pode fornecer informações para o ato projetual, auxiliando na criação de ambientes que promovam bem-estar. Ao entender como diferentes elementos ambientais influenciam o cérebro, os profissionais podem tomar decisões informadas e criar espaços que beneficiam a saúde mental e emocional dos usuários. Reforça-se a importância do design centrado no ser humano, considerando as respostas neurológicas como uma métrica fundamental para a qualidade dos ambientes construídos?.

  • Palavras-chave
  • Neurociência, Arquitetura, Neuroarquitetura, Ambiente Construído.
  • Área Temática
  • Neurociências Aplicadas (incluindo Neuroeducação)
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É com imensa satisfação que apresentamos o caderno de resumos do IV Simpósio Brasileiro de Neurociências, realizado de 4 a 7 de dezembro de 2024, em Joinville, Santa Catarina. Este evento consolidou-se como um marco na promoção da ciência, formação de cientistas e divulgação científica, reunindo profissionais, pós-graduandos e graduandos em um ambiente propício ao intercâmbio de conhecimentos e experiências nas diversas esferas das neurociências. O evento é realizado pela Organização Ciências e Cognição, UFRJ, CENSUPEG, com o apoio do CNPq.

A programação do simpósio foi cuidadosamente elaborada para abordar temas atuais e pertinentes, por meio de conferências, mesas-redondas e palestras ministradas por pesquisadores de renome nacional e internacional. Essa estrutura proporcionou aos participantes a oportunidade de debater com especialistas, integrando diferentes perspectivas, como biologia molecular, fisiopatologia, clínica e morfologia, essenciais à construção do senso crítico e à iniciação científica.

Complementando as atividades teóricas, foram oferecidos minicursos destinados à capacitação e atualização dos profissionais em técnicas e assuntos relevantes ao desenvolvimento nas ciências do sistema nervoso. Essas iniciativas visaram fortalecer a formação acadêmica e prática dos participantes, ampliando suas competências e habilidades no campo das neurociências.

Os trabalhos submetidos e selecionados foram apresentados em sessões orais, avaliados por bancas compostas por doutores. Essa dinâmica permitiu um diálogo construtivo entre apresentadores e avaliadores, promovendo a troca de insights e contribuindo para o aprimoramento das pesquisas em andamento. Além disso, o público teve a oportunidade de se atualizar sobre as investigações conduzidas por diversas instituições, enriquecendo o conhecimento coletivo.

O IV Simpósio Brasileiro de Neurociências também abrigou eventos satélites de grande relevância: o I Colóquio de Neuropsicopedagogia de Santa Catarina e o III Encontro Ciências e Cognição. Essas iniciativas ampliaram o escopo do simpósio, fomentando discussões interdisciplinares e fortalecendo as relações entre os diversos núcleos de pesquisa e ensino.

Este caderno de resumos reflete a diversidade e a qualidade das pesquisas apresentadas, evidenciando o compromisso da comunidade científica brasileira com o avanço do conhecimento em neurociências. Esperamos que este registro sirva como fonte de consulta e inspiração para futuros estudos, contribuindo para o contínuo desenvolvimento da ciência em nosso país.

Agradecemos a todos os participantes, palestrantes, avaliadores e organizadores que, com dedicação e entusiasmo, tornaram possível a realização deste evento. Que os frutos aqui colhidos impulsionem novas descobertas e colaborações, fortalecendo cada vez mais a neurociência brasileira.

Cordialmente,

 

Comissão Organizadora

IV Simpósio Brasileiro de Neurociências

Comissão Organizadora

Aliny Carvalho Dematté

Alfred Sholl-Franco

Fabrício Bruno Cardoso

Glaucio Aranha Barros

João Vítor Galo Esteves

 

Comissão Científica

Aliny Carvalho Dematté

Alfred Sholl-Franco

Fabrício Bruno Cardoso

Glaucio Aranha Barros

João Vítor Galo Esteves

 

Comissão de Apoio

Angélica Campos

Esdras Pinheiro

Isabela Goldstein