Dentre as espécies do gênero Eucalyptus, o Eucalyptus tereticornis destaca-se devido ao grande potencial e plasticidade quanto ao empenho nas diferentes regiões edafoclimática, adequada para plantios em regiões com baixo índice pluviométrico e temperaturas moderadas. A madeira do Eucalyptus tereticornis é utilizada para serraria, estruturas, construções, postes, mourões e carvão. É uma das principais espécies para o reflorestamento em zonas tipicamente tropicais da África e os plantios no Brasil tem bom desenvolvimento. No entanto, mesmo em espécies plásticas como o Eucalyptus tereticornis, o tempo e a frequência de exposição a fatores de estresse são determinantes para o desempenho produtivo e até mesmo adaptativo das espécies. Objetivou-se com esse estudo realizar uma análise temporal da incidência de desfolha em procedências de Eucalyptus tereticornis e gerar informações que podem auxiliar na compreensão dos efeitos das mudanças climáticas em espécies lenhosas. Um teste com 16 procedências de Eucalyptus tereticornis foi implantado em março de 2017, no município de Mossoró no Rio Grande do Norte, em delineamento de blocos incompletos, com 4 repetições, em espaçamento de 3x2 m. O experimento foi dividido em três fases. Na fase I foi realizada a identificação e monitoramento da incidência da seca em plantas no campo; a fase II consistiu na diagnose dos fatores bióticos e abióticos que estavam associados a seca; e a fase III houve a realização de uma análise temporal da incidência da sintomatologia ao longo de 12 meses. No período de avaliação, os meses chuvosos compreenderam de fevereiro a maio, com os índices pluviométricos variando entre 67 milímetros e 168 milímetro, sendo março e abril os meses mais chuvosos do ano, 168,4 milímetros. Nos demais meses do ano, houve baixíssima ou nula precipitação mensal. Com base na avaliação média anual do sintoma estudado, a seca esteve presente em 34,49% dos indivíduos avaliados. Não houve grande variação durante o ano em relação à seca, mantendo médias mensais entre 30% a 40% dos indivíduos avaliados. Diante do exposto, conclui-se que a seca é uma sintomatologia presente nas árvores de Eucalyptus tereticornis, com maior severidade no período de estiagem.
A criação de cursos de Engenharia Florestal no semiárido nordestino, além de caráter ambiental, possui importância econômica para a região. Tendo em vista a atuação deste profissional florestal no Semiárido, pretendeu-se com o simpósio abordar temas relacionados, principalmente, à produção florestal e as potencialidades e limitações deste tipo de ambiente, mostrando as formas de obtenção de renda a partir dos recursos florestais e seus produtos, principalmente das Florestas Secas, presentes no nordeste brasileiro. Pensando nisso, e na integração entre profissionais da área florestal e áreas afins e o setor produtivo florestal, é que o II SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e IV SEMANA ACADÊMICA DA ENGENHARIA FLORESTAL tem como tema geral “Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido” e teve a participação de atores do setor florestal da região. A primeira edição (I SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e III SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL) ocorreu em novembro de 2018, no Campus Mossoró da UFERSA. Nesta segunda edição do evento foram abordados temas atuais de interesse do setor florestal do Nordeste, a fim de promover o debate das questões essenciais ligadas à economia e produção florestal, bem como os benefícios trazidos pelo uso sustentável dos recursos florestais, madeireiros e não madeireiros. O objetivo geral do evento foi o de fomentar o debate sobre a potencialidade e as limitações do setor florestal no Semiárido brasileiro e oportunizar, assim, aos participantes, um ambiente de discussão sobre a contribuição desse setor no desenvolvimento regional. O evento buscou se tornar atrativo para um público bastante diversificado. O evento compreendeu 6 palestras e 3 mesas-redondas com membros da sociedade civil e governamental, que versaram sobre o mercado florestal, potencialidades e limitações do Semiárido e sobre a sustentabilidade da atividade florestal em ambiente semiárido. O evento teve também a parte científica, recebendo 19 resumos expandidos dentro de linhas de pesquisa com foco em: Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido. Cabe destacar que, paralelamente, aconteceu a IV SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL, organizada pelo Centro Acadêmico de Engenharia Florestal - CAEF, com o apoio da Coordenação do Curso de Engenharia Florestal, ambos da UFERSA. Espera-se ter proporcionado a integração entre universidade e comunidade e despertado em todos o interesse pelas questões relacionadas à produção florestal no semiárido.
Comissão Organizadora
CENTRO ACADÊMICO DE ENGENHARIA FLORESTAL MATA BRANCA - UFERSA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL - UFERSA
Comissão Científica
Profa. Dra. Elizângela Cabral dos Santos
Prof. Dr.Marco Antonio Diodato
Prof. Dr.Carlos José da Silva
Profa. Dra. Rejane Tavares Botrel
Profa. Dra. Gabriela Salami
Prof. Dr. Emanuel Araújo Silva
Coordenação de Engenharia Florestal - Ufersa: engflorestal@ufersa.edu.br
Centro Acadêmico de Engenharia Florestal: caefufersa@gmail.com