Os serviços ecossistêmicos prestados por espaços verdes, ênfase nas espécies arbóreas, em áreas urbanas, são de extrema importância para a manutenção da sadia qualidade de vida da população e/ou benefícios prestados à estrutura das cidades. Neste sentido, objetivou-se avaliar os serviços ecossistêmicos prestados pelos espaços verdes urbanos no município de Juru, Paraíba, visando demonstrar a importância desses espaços no fornecimento atual e futuro de serviços ecossistêmicos. O estudo foi realizado na praça do canteiro central do município. A área foi visitada virtualmente utilizando o software Google Earth e a ferramenta Google Street View para a caracterização da vegetação. Foram levantadas informações sobre identificação de espécies, nome científico e popular, família, origem, hábito e estado de conservação. Foi realizada a identificação e qualificação dos serviços ecossistêmicos prestados pela área verde avaliada, utilizando uma ficha de investigação dos serviços ecossistêmicos prestados pela área. Os serviços ecossistêmicos avaliados foram selecionados com base na lista de classes de serviços ecossistêmicos da Common International Classification of Ecosystem Services (CICES). Foram selecionadas as classes as quais os indicadores sejam viáveis de aplicação nas áreas de estudo. Foram identificadas 14 espécies no espaço livre público avaliado. As espécies predominantes foram Ficus benjamina e Azadirachta indica. Do total de espécies identificadas, 80% não são nativas da região. Observou-se as formas de vida arbórea, arbustiva e herbácea no local com predomínio da forma arbórea (47%). A caracterização do espaço livre público avaliado em Juru, Paraíba, sugeriu a classificação do local como área verde urbana do tipo praça. Os resultados demonstram que os benefícios socioambientais da área verde avaliada são significativos, sobretudo os de cunho social, indicando potencial para alcançar qualidade ambiental. Assim, recomenda-se ações de manejo com finalidade da recuperação das funções ecológicas do local.
A criação de cursos de Engenharia Florestal no semiárido nordestino, além de caráter ambiental, possui importância econômica para a região. Tendo em vista a atuação deste profissional florestal no Semiárido, pretendeu-se com o simpósio abordar temas relacionados, principalmente, à produção florestal e as potencialidades e limitações deste tipo de ambiente, mostrando as formas de obtenção de renda a partir dos recursos florestais e seus produtos, principalmente das Florestas Secas, presentes no nordeste brasileiro. Pensando nisso, e na integração entre profissionais da área florestal e áreas afins e o setor produtivo florestal, é que o II SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e IV SEMANA ACADÊMICA DA ENGENHARIA FLORESTAL tem como tema geral “Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido” e teve a participação de atores do setor florestal da região. A primeira edição (I SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e III SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL) ocorreu em novembro de 2018, no Campus Mossoró da UFERSA. Nesta segunda edição do evento foram abordados temas atuais de interesse do setor florestal do Nordeste, a fim de promover o debate das questões essenciais ligadas à economia e produção florestal, bem como os benefícios trazidos pelo uso sustentável dos recursos florestais, madeireiros e não madeireiros. O objetivo geral do evento foi o de fomentar o debate sobre a potencialidade e as limitações do setor florestal no Semiárido brasileiro e oportunizar, assim, aos participantes, um ambiente de discussão sobre a contribuição desse setor no desenvolvimento regional. O evento buscou se tornar atrativo para um público bastante diversificado. O evento compreendeu 6 palestras e 3 mesas-redondas com membros da sociedade civil e governamental, que versaram sobre o mercado florestal, potencialidades e limitações do Semiárido e sobre a sustentabilidade da atividade florestal em ambiente semiárido. O evento teve também a parte científica, recebendo 19 resumos expandidos dentro de linhas de pesquisa com foco em: Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido. Cabe destacar que, paralelamente, aconteceu a IV SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL, organizada pelo Centro Acadêmico de Engenharia Florestal - CAEF, com o apoio da Coordenação do Curso de Engenharia Florestal, ambos da UFERSA. Espera-se ter proporcionado a integração entre universidade e comunidade e despertado em todos o interesse pelas questões relacionadas à produção florestal no semiárido.
Comissão Organizadora
CENTRO ACADÊMICO DE ENGENHARIA FLORESTAL MATA BRANCA - UFERSA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL - UFERSA
Comissão Científica
Profa. Dra. Elizângela Cabral dos Santos
Prof. Dr.Marco Antonio Diodato
Prof. Dr.Carlos José da Silva
Profa. Dra. Rejane Tavares Botrel
Profa. Dra. Gabriela Salami
Prof. Dr. Emanuel Araújo Silva
Coordenação de Engenharia Florestal - Ufersa: engflorestal@ufersa.edu.br
Centro Acadêmico de Engenharia Florestal: caefufersa@gmail.com