ANATOMIA DE PROPÁGULOS APICAL, INTERMEDIÁRIO E BASAL DE Eucaplyptus tereticornis

  • Autor
  • Francisco Emerson Fernandes de Felice
  • Co-autores
  • Poliana Coqueiro Dias Araújo , Paulo Cesar Oliveira da Silva , Maria Vitória Thanyse Araújo de Medeiros , Edilzilene Aparecida da Silva Lima , Lara Laisa Silva Araújo
  • Resumo
  • O gênero Eucalyptus é um dos mais comercializados hoje no Brasil, devido a sua adaptabilidade às condições climáticas encontradas no país, e dentre as espécies do gênero encontram-se diferentes indivíduos que podem ser utilizados para implantação em diferentes condições ambientais, a exemplo do Eucaplyptus tereticornis, espécie cultivada em regiões de clima de condições mais adversas, a exemplo de alta temperatura e baixa umidade. A multiplicação de genótipos das diferentes espécies comerciais do gênero Eucalyptus é conduzida via técnicas de propagação vegetativa, a exemplo da estaquia, miniestaquia e micropropagação. Com a aplicação dessas técnicas é possível a produção de mudas em escala comercial para atender a demanda comercial de mudas com melhor qualidade fisiológica, morfológica e com maior homogeneidade. No entanto, a origem do propágulo ao longo do ramo pode influenciar no enraizamento adventício, devido a fatores ontogenéticos e fisiológicos, sendo a anatomia desses propágulos importante para a detecção de diferenças anatômicas que podem interferir negativamente no enraizamento adventício, a exemplo do crescimento secundário pronunciado, espessura da cutícula, espessura da parede celular e presença de um anel de esclerênquima. Assim, o objetivo do presente trabalho é analisar anatomicamente, de diferentes posições, o desenvolvimento dos propágulos apical, intermediário e basal de Eucalyptus tereticornis com vistas a identificar possíveis restrições anatômicas ao enraizamento adventício. Um clone de Eucaplyptus tereticornis foi propagado via estaquia e, em sequência, as mudas foram implantadas em canaletão de areia com irrigação e nutrição controlados, a fim de conduzir a produção de mudas via miniestaquia. Propágulos com 30 cm foram coletados das minicepas, sendo esses subdivididos em propágulos apicais, intermediários e basais. As análises anatômicas foram realizadas no laboratório de Patologia e Biotecnologia Florestal da UFERSA e baseou-se em secções feitas à mão livre com auxílio de lâminas cortantes em secções transversais do caule, coradas com azul de astra e visualizadas, posteriormente em microscópio. Os resultados demonstram que nas estacas apicais e basais em menos de 20% observou-se um anel de esclerênquima descontínuo, parede celular com menor espessura e crescimento secundário iniciando. Contudo, nos propágulos com origem basal, observou-se a presença de esclerênquima descontínuo, parede celular mais espessa e crescimento secundário pronunciado. Conclui-se que propágulos de origem apical e intermediaria podem ser mais vantajosos ao enraizamento adventício, devido a não existir barreiras anatômicas que interferem na indução e inicialização das raízes.

  • Palavras-chave
  • Enraizamento adventício, Propagação clonal, Estaquia
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Silvicultura
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A criação de cursos de Engenharia Florestal no semiárido nordestino, além de caráter ambiental, possui importância econômica para a região. Tendo em vista a atuação deste profissional florestal no Semiárido, pretendeu-se com o simpósio abordar temas relacionados, principalmente, à produção florestal e as potencialidades e limitações deste tipo de ambiente, mostrando as formas de obtenção de renda a partir dos recursos florestais e seus produtos, principalmente das Florestas Secas, presentes no nordeste brasileiro. Pensando nisso, e na integração entre profissionais da área florestal e áreas afins e o setor produtivo florestal, é que o II SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e IV SEMANA ACADÊMICA DA ENGENHARIA FLORESTAL tem como tema geral “Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido” e teve a participação de atores do setor florestal da região. A primeira edição (I SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e III SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL) ocorreu em novembro de 2018, no Campus Mossoró da UFERSA. Nesta segunda edição do evento foram abordados temas atuais de interesse do setor florestal do Nordeste, a fim de promover o debate das questões essenciais ligadas à economia e produção florestal, bem como os benefícios trazidos pelo uso sustentável dos recursos florestais, madeireiros e não madeireiros. O objetivo geral do evento foi o de fomentar o debate sobre a potencialidade e as limitações do setor florestal no Semiárido brasileiro e oportunizar, assim, aos participantes, um ambiente de discussão sobre a contribuição desse setor no desenvolvimento regional. O evento buscou se tornar atrativo para um público bastante diversificado. O evento compreendeu 6 palestras e 3 mesas-redondas com membros da sociedade civil e governamental, que versaram sobre o mercado florestal, potencialidades e limitações do Semiárido e sobre a sustentabilidade da atividade florestal em ambiente semiárido. O evento teve também a parte científica, recebendo 19 resumos expandidos dentro de linhas de pesquisa com foco em: Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido. Cabe destacar que, paralelamente, aconteceu a IV SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL, organizada pelo Centro Acadêmico de Engenharia Florestal - CAEF, com o apoio da Coordenação do Curso de Engenharia Florestal, ambos da UFERSA. Espera-se ter proporcionado a integração entre universidade e comunidade e despertado em todos o interesse pelas questões relacionadas à produção florestal no semiárido.

  • Manejo Florestal
  • Silvicultura
  • Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais
  • Meio Ambiente e Conservação da Natureza

Comissão Organizadora

CENTRO ACADÊMICO DE ENGENHARIA FLORESTAL MATA BRANCA - UFERSA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL - UFERSA

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