INFUÊNCIA DA SALINIDADE NA PRODUTIVIDADE DE MINICEPAS DE JUREMA-PRETA

  • Autor
  • Edilzilene Aparecida da Silva Lima
  • Co-autores
  • Maria Vitória Thanyse Araújo de Medeiros , Poliana Coqueiro Dias Araújo , Francisco Emerson Fernandes de Felice
  • Resumo
  • Jurema-preta (Mimosa Tenuiflora Wild) é uma espécie pertencente à família Fabaceae, típica do semiárido brasileiro, dentre as espécies que predominam na vegetação (Caatinga) essa leguminosa caracteriza-se pela resistência a seca, além de emitir brotações em qualquer estação do ano.  Em evidencia à falta de estudos acadêmicos relacionados à propagação via miniestaquia no semiárido do Rio Grande do Norte, o qual possui solos e água com elevado acúmulo de sais, percebe-se a necessidade de verificar, por meio da propagação por ministaquia e irrigação (com água adicionada de NaCl), o efeito do estresse salino sobre a produção de brotações. Desse modo, o objetivo do trabalho foi avaliar a produtividade das minicepas em termos de quantidade e tamanho dos propágulos produzidos sob a influência da salinidade presente na água de irrigação. O experimento foi montado no delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições e cinco minicepas por unidade de medição. As minicepas são de origem seminal, sendo estas mantidas em recipientes tipo sacolas de polietileno com 3L de capacidade, contendo substrato composto por 70% de terra de subsolo e 30% de composto orgânico. Os tratamentos consistiram em dois diferentes sistemas de irrigação, sendo um com a irrigação com água sem adição de sais e o outro tratamento com irrigação com água salina na concentração de 200mm de Nacl. Diariamente, cada minicepa recebeu 350 ml de água salina ou água sem adição de sais. Após 15 dias de irrigação, procedeu-se à avaliação contando o número de brotações por minicepa e o tamanho das brotações. Considerando os resultados analisados, as minicepas irrigadas com água sem adição de NaCl apresentaram o mesmo número de brotações que as minicepas irrigadas com água salina, indicando que a salinidade não interfere na quantidade de brotações produzidas, sendo em média 8 propágulos para as minicepas irrigadas com água salina e 7 propágulos para as minicepas irrigadas com água sem adição de sais. Contudo, observou-se diferenças quanto ao tamanho dos propágulos, sendo as minicepas irrigadas com água sem adição de sais com maior tamanho das brotações, em média de 21 cm, e as minicepas irrigadas com água salina com brotações em média de 15 cm, indicando, portanto, que a salinidade afeta o tamanho dos propágulos produzidos.  Diante do contexto, conclui-se que águas salinas não interferem na produção de brotações, contudo refletem em brotações com menor tamanho. Nas próximas etapas serão conduzidos ensaios a fim de avaliar a influencia da salinidade no enraizamento adventício dos propágulos.

     

  • Palavras-chave
  • Propagação vegetativa; Miniestaquia; Produção de mudas
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Silvicultura
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A criação de cursos de Engenharia Florestal no semiárido nordestino, além de caráter ambiental, possui importância econômica para a região. Tendo em vista a atuação deste profissional florestal no Semiárido, pretendeu-se com o simpósio abordar temas relacionados, principalmente, à produção florestal e as potencialidades e limitações deste tipo de ambiente, mostrando as formas de obtenção de renda a partir dos recursos florestais e seus produtos, principalmente das Florestas Secas, presentes no nordeste brasileiro. Pensando nisso, e na integração entre profissionais da área florestal e áreas afins e o setor produtivo florestal, é que o II SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e IV SEMANA ACADÊMICA DA ENGENHARIA FLORESTAL tem como tema geral “Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido” e teve a participação de atores do setor florestal da região. A primeira edição (I SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e III SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL) ocorreu em novembro de 2018, no Campus Mossoró da UFERSA. Nesta segunda edição do evento foram abordados temas atuais de interesse do setor florestal do Nordeste, a fim de promover o debate das questões essenciais ligadas à economia e produção florestal, bem como os benefícios trazidos pelo uso sustentável dos recursos florestais, madeireiros e não madeireiros. O objetivo geral do evento foi o de fomentar o debate sobre a potencialidade e as limitações do setor florestal no Semiárido brasileiro e oportunizar, assim, aos participantes, um ambiente de discussão sobre a contribuição desse setor no desenvolvimento regional. O evento buscou se tornar atrativo para um público bastante diversificado. O evento compreendeu 6 palestras e 3 mesas-redondas com membros da sociedade civil e governamental, que versaram sobre o mercado florestal, potencialidades e limitações do Semiárido e sobre a sustentabilidade da atividade florestal em ambiente semiárido. O evento teve também a parte científica, recebendo 19 resumos expandidos dentro de linhas de pesquisa com foco em: Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido. Cabe destacar que, paralelamente, aconteceu a IV SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL, organizada pelo Centro Acadêmico de Engenharia Florestal - CAEF, com o apoio da Coordenação do Curso de Engenharia Florestal, ambos da UFERSA. Espera-se ter proporcionado a integração entre universidade e comunidade e despertado em todos o interesse pelas questões relacionadas à produção florestal no semiárido.

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  • Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais
  • Meio Ambiente e Conservação da Natureza

Comissão Organizadora

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