Apesar da sua importância já comprovada na melhoria da qualidade de vida nas cidades, a arborização urbana ainda é um componente negligenciado pelas gestões municipais, e essa negligência se manifesta tanto na falta de ações pontuais de plantio até a falta de políticas públicas de incentivo à arborização. Cabe, nesse contexto, aos municípios realizarem ações para ampliar a arborização urbana e sensibilizar a população a contribuir com o processo de implementação e manutenção da arborização. O objetivo do presente trabalho foi de identificar a preferência da população diretamente envolvida nas ações de doação de mudas. Ao todo, foram levantadas estimativas de mudas doadas ao longo do Programa Mossoró Verde (PMV), desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM), ao longo de cinco ações implementadas no ano de 2021. O principal objetivo do PMV é incrementar a arborização urbana da cidade de Mossoró-RN, e tem como objetivos específicos o fortalecimento da Educação Ambiental no município, promover melhoria e bem-estar climático e ambiental, melhorar indicadores socioambientais no município e mapear áreas de maior relevância no processo de arborização da cidade. Foram distribuídas 290 mudas. No geral, 62,41% dos participantes preferiram plantas frutíferas, entre elas acerola (16,06%), pinha (15,54%) e outras; 27,24% de plantas medicinais, entre elas vick (8,57%), boldo (23,08%), mastruz (16,48%) e outras. A preferência pelas mudas nativas ficou em 2,76% das plantas e o restante, 7,59%, não foi possível identificar a escolha em função de mau preenchimento das fichas de distribuição. A maioria das pessoas participantes eram da zona rural de Mossoró, especificamente do Assentamento Sussuarana. Percebe-se a pouca preferência pelas plantas nativas da população, o que demanda mais ações de educação ambiental para que as pessoas vejam o benefício de plantas nativas da caatinga até mesmo para preservação do bioma em áreas urbanas. Esses primeiros dados e sua análise são importantes para a continuidade do PMV, visto que é um programa proposto para quatro anos (2021-2024) e que precisa atender a anseios e necessidades da população a qual está atendendo.
A criação de cursos de Engenharia Florestal no semiárido nordestino, além de caráter ambiental, possui importância econômica para a região. Tendo em vista a atuação deste profissional florestal no Semiárido, pretendeu-se com o simpósio abordar temas relacionados, principalmente, à produção florestal e as potencialidades e limitações deste tipo de ambiente, mostrando as formas de obtenção de renda a partir dos recursos florestais e seus produtos, principalmente das Florestas Secas, presentes no nordeste brasileiro. Pensando nisso, e na integração entre profissionais da área florestal e áreas afins e o setor produtivo florestal, é que o II SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e IV SEMANA ACADÊMICA DA ENGENHARIA FLORESTAL tem como tema geral “Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido” e teve a participação de atores do setor florestal da região. A primeira edição (I SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e III SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL) ocorreu em novembro de 2018, no Campus Mossoró da UFERSA. Nesta segunda edição do evento foram abordados temas atuais de interesse do setor florestal do Nordeste, a fim de promover o debate das questões essenciais ligadas à economia e produção florestal, bem como os benefícios trazidos pelo uso sustentável dos recursos florestais, madeireiros e não madeireiros. O objetivo geral do evento foi o de fomentar o debate sobre a potencialidade e as limitações do setor florestal no Semiárido brasileiro e oportunizar, assim, aos participantes, um ambiente de discussão sobre a contribuição desse setor no desenvolvimento regional. O evento buscou se tornar atrativo para um público bastante diversificado. O evento compreendeu 6 palestras e 3 mesas-redondas com membros da sociedade civil e governamental, que versaram sobre o mercado florestal, potencialidades e limitações do Semiárido e sobre a sustentabilidade da atividade florestal em ambiente semiárido. O evento teve também a parte científica, recebendo 19 resumos expandidos dentro de linhas de pesquisa com foco em: Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido. Cabe destacar que, paralelamente, aconteceu a IV SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL, organizada pelo Centro Acadêmico de Engenharia Florestal - CAEF, com o apoio da Coordenação do Curso de Engenharia Florestal, ambos da UFERSA. Espera-se ter proporcionado a integração entre universidade e comunidade e despertado em todos o interesse pelas questões relacionadas à produção florestal no semiárido.
Comissão Organizadora
CENTRO ACADÊMICO DE ENGENHARIA FLORESTAL MATA BRANCA - UFERSA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL - UFERSA
Comissão Científica
Profa. Dra. Elizângela Cabral dos Santos
Prof. Dr.Marco Antonio Diodato
Prof. Dr.Carlos José da Silva
Profa. Dra. Rejane Tavares Botrel
Profa. Dra. Gabriela Salami
Prof. Dr. Emanuel Araújo Silva
Coordenação de Engenharia Florestal - Ufersa: engflorestal@ufersa.edu.br
Centro Acadêmico de Engenharia Florestal: caefufersa@gmail.com