O Bioma Caatinga já teve mais de 40% de sua área degradada. Em virtude disso, uma solução viável é o reflorestamento com espécies nativas lenhosas. Entretanto, a Caatinga é uma região com escassez hídrica. Logo, o reuso da água é uma alternativa necessária. Deste modo, a fim de mitigar o desperdício, o reuso da água residuária tem se mostrado uma alternativa viável, em especial para a agricultura irrigada. Diante desse contexto, o objetivo dessa pesquisa foi o de avaliar o efeito da irrigação com diferentes concentrações salinas de água proveniente da carcinicultura sobre o crescimento inicial de mudas de Enterolobium contorstisiliquum. O experimento foi conduzido em casa de sombra, a água residuária utilizada para a irrigação das mudas foi proveniente de uma fazenda de carcinicultura. Os tratamentos consistiram em irrigação com água destilada (testemunha) e a água residuária (diluída em água destilada) nas proporções (40 x 1; 25 x 1; 15 x 1; 10 x 1) que corresponderam às condutividades elétricas (CE): 1,62; 2,81; 3,82; e 7,13 mS cm-1, respectivamente. O experimento foi montado em delineamento inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 12 repetições. A cada 15 dias foram feitas as avaliações dos parâmetros morfológicos, altura (H), diâmetro do coleto (Dc), número de folhas (NF) e relação altura/diâmetro do coleto (H/Dc). O período de avaliação das plântulas foi de 45 dias. O tratamento testemunha diferiu estatisticamente dos demais tratamentos, obtendo os maiores valores de (H) e (Dc), 33,30 cm e 4,01 mm, respectivamente. No entanto, os demais tratamentos não diferiram entre si, estatisticamente, com médias de (H) de 26,94; 29,50; 26,91 e 27,30 cm, para às (CE) de 1,62; 2,81; 3,82; e 7,13 mS cm-1, respectivamente. A mesma tendência foi observada para o caractere (Dc), com médias de 3,66; 3,46; 3,34 e 3,30 para os tratamentos 1,62; 2,81; 3,82; e 7,13 mS cm-1, respectivamente, não ocorrendo diferença estatística entre os mesmos. O parâmetro (NF) exibiu valores estaticamente iguais para ambas às CE. A relação H/Dc apresentou médias de 11,59; 10,81; 11,99; 11,48 e 10,72, para os tratamentos 1,62; 2,81; 3,82; e 7,13 mS cm-1, respectivamente, não expressando, também, diferença estatística significativa entre as diferentes condutividades. A CE da água de irrigação não prejudicou o crescimento inicial das mudas de Enterolobium contorstisiliquum. A espécie demonstrou, na fase inicial, resistência à salinidade, considerando-se as CE avaliadas.
A criação de cursos de Engenharia Florestal no semiárido nordestino, além de caráter ambiental, possui importância econômica para a região. Tendo em vista a atuação deste profissional florestal no Semiárido, pretendeu-se com o simpósio abordar temas relacionados, principalmente, à produção florestal e as potencialidades e limitações deste tipo de ambiente, mostrando as formas de obtenção de renda a partir dos recursos florestais e seus produtos, principalmente das Florestas Secas, presentes no nordeste brasileiro. Pensando nisso, e na integração entre profissionais da área florestal e áreas afins e o setor produtivo florestal, é que o II SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e IV SEMANA ACADÊMICA DA ENGENHARIA FLORESTAL tem como tema geral “Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido” e teve a participação de atores do setor florestal da região. A primeira edição (I SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e III SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL) ocorreu em novembro de 2018, no Campus Mossoró da UFERSA. Nesta segunda edição do evento foram abordados temas atuais de interesse do setor florestal do Nordeste, a fim de promover o debate das questões essenciais ligadas à economia e produção florestal, bem como os benefícios trazidos pelo uso sustentável dos recursos florestais, madeireiros e não madeireiros. O objetivo geral do evento foi o de fomentar o debate sobre a potencialidade e as limitações do setor florestal no Semiárido brasileiro e oportunizar, assim, aos participantes, um ambiente de discussão sobre a contribuição desse setor no desenvolvimento regional. O evento buscou se tornar atrativo para um público bastante diversificado. O evento compreendeu 6 palestras e 3 mesas-redondas com membros da sociedade civil e governamental, que versaram sobre o mercado florestal, potencialidades e limitações do Semiárido e sobre a sustentabilidade da atividade florestal em ambiente semiárido. O evento teve também a parte científica, recebendo 19 resumos expandidos dentro de linhas de pesquisa com foco em: Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido. Cabe destacar que, paralelamente, aconteceu a IV SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL, organizada pelo Centro Acadêmico de Engenharia Florestal - CAEF, com o apoio da Coordenação do Curso de Engenharia Florestal, ambos da UFERSA. Espera-se ter proporcionado a integração entre universidade e comunidade e despertado em todos o interesse pelas questões relacionadas à produção florestal no semiárido.
Comissão Organizadora
CENTRO ACADÊMICO DE ENGENHARIA FLORESTAL MATA BRANCA - UFERSA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL - UFERSA
Comissão Científica
Profa. Dra. Elizângela Cabral dos Santos
Prof. Dr.Marco Antonio Diodato
Prof. Dr.Carlos José da Silva
Profa. Dra. Rejane Tavares Botrel
Profa. Dra. Gabriela Salami
Prof. Dr. Emanuel Araújo Silva
Coordenação de Engenharia Florestal - Ufersa: engflorestal@ufersa.edu.br
Centro Acadêmico de Engenharia Florestal: caefufersa@gmail.com