A Pithecellobium dulce (Roxb.) Benth. é uma espécie arbórea que pertence à família Fabaceae e é popularmente conhecida como ingá-doce, guamã-americano ou guamuchil. É uma árvore nativa do México, de porte médio, que pode atingir até 10 m de altura, e pode ser encontrada em diversas partes do mundo, sobretudo nos trópicos americanos. Árvore pode ser utilizada para múltiplos usos e que ainda não tem descrito metodologias de propagação vegetativa. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o resgate vegetativo via estaquia de Pithecellobium dulce. Os propágulos foram coletados da base de árvores adultas, em sequência o ramo foi seccionado em parte apical, correspondendo à região do ramo com a gema apical, e intermediária, porção do ramo logo abaixo da parte apical. Testou-se a aplicação de indoliacético (AIA) no enraizamento adventício, sendo avaliado as concentrações de AIA: 0, 2000 e 4000 mg L -1 ). O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Campus Mossoró,RN. O experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 3 x 2 (3 doses de AIA e 2 origens do propágulo), com 3 repetições e 10 unidades de medição por parcela. Após o preparo, as estacas foram padronizadas em 15 cm para apical e 0,8 cm para intermediária, sendo a base imersa por dez segundos em água, controle, ou em solução de AIA na concentração de 2.000 ou 6.000 mg.L-1. Em seguida, as estacas foram transportadas para casa de vegetação com umidade controlada, estaqueadas em tubetes, contendo substrato orgânico. Foram avaliadas aos 28 dias, a oxidação, intumescimento, calo, raiz menor que 1 cm, raiz maior que 1 cm, tamanho da raiz maior, sobrevivência, enraizamento, propágulo não reativo e números de raízes. Os resultados observados indicam que as miniestacas apicais apresentam menor porcentagem de enraizamento, intumescimento, sobrevivência, calo com ou sem o uso de AIA. Contudo as miniestacas intermediárias apresentam médias superiores para intumescimento, calo, raízes menores que 1 cm e raízes maiores que 1 cm, tamanho da raiz maior, sobrevivência, enraizamento e número de raízes. O enraizamento máximo foi obtido quando utilizando o AIA, 16,6%. As raízes menores que 1 cm e raízes maiores que 1 cm e tamanho da maior raiz apresentaram médias iguais entre si no tratamento controle ou nos tratamentos com aplicação de AIA. Em conclusão para a propagação vegetativa via estaquia ou resgate vegetativo de matrizes de Pithecellobium dulce, os propágulos intermediários denotam melhor condição quanto ao enraizamento adventício do que os propágulos apicais, e o AIA aumenta o enraizamento adventício.
A criação de cursos de Engenharia Florestal no semiárido nordestino, além de caráter ambiental, possui importância econômica para a região. Tendo em vista a atuação deste profissional florestal no Semiárido, pretendeu-se com o simpósio abordar temas relacionados, principalmente, à produção florestal e as potencialidades e limitações deste tipo de ambiente, mostrando as formas de obtenção de renda a partir dos recursos florestais e seus produtos, principalmente das Florestas Secas, presentes no nordeste brasileiro. Pensando nisso, e na integração entre profissionais da área florestal e áreas afins e o setor produtivo florestal, é que o II SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e IV SEMANA ACADÊMICA DA ENGENHARIA FLORESTAL tem como tema geral “Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido” e teve a participação de atores do setor florestal da região. A primeira edição (I SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e III SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL) ocorreu em novembro de 2018, no Campus Mossoró da UFERSA. Nesta segunda edição do evento foram abordados temas atuais de interesse do setor florestal do Nordeste, a fim de promover o debate das questões essenciais ligadas à economia e produção florestal, bem como os benefícios trazidos pelo uso sustentável dos recursos florestais, madeireiros e não madeireiros. O objetivo geral do evento foi o de fomentar o debate sobre a potencialidade e as limitações do setor florestal no Semiárido brasileiro e oportunizar, assim, aos participantes, um ambiente de discussão sobre a contribuição desse setor no desenvolvimento regional. O evento buscou se tornar atrativo para um público bastante diversificado. O evento compreendeu 6 palestras e 3 mesas-redondas com membros da sociedade civil e governamental, que versaram sobre o mercado florestal, potencialidades e limitações do Semiárido e sobre a sustentabilidade da atividade florestal em ambiente semiárido. O evento teve também a parte científica, recebendo 19 resumos expandidos dentro de linhas de pesquisa com foco em: Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido. Cabe destacar que, paralelamente, aconteceu a IV SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL, organizada pelo Centro Acadêmico de Engenharia Florestal - CAEF, com o apoio da Coordenação do Curso de Engenharia Florestal, ambos da UFERSA. Espera-se ter proporcionado a integração entre universidade e comunidade e despertado em todos o interesse pelas questões relacionadas à produção florestal no semiárido.
Comissão Organizadora
CENTRO ACADÊMICO DE ENGENHARIA FLORESTAL MATA BRANCA - UFERSA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL - UFERSA
Comissão Científica
Profa. Dra. Elizângela Cabral dos Santos
Prof. Dr.Marco Antonio Diodato
Prof. Dr.Carlos José da Silva
Profa. Dra. Rejane Tavares Botrel
Profa. Dra. Gabriela Salami
Prof. Dr. Emanuel Araújo Silva
Coordenação de Engenharia Florestal - Ufersa: engflorestal@ufersa.edu.br
Centro Acadêmico de Engenharia Florestal: caefufersa@gmail.com