A jurema-de-embira, Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth., é endêmica da caatinga, apresenta fenótipos com acúleo e sem acúleo. Espécie de elevado potencial madeireiro para o Nordeste e com a possibilidade de seleção de genótipos com característica inerme (sem acúleo) com vistas a aplicações silviculturais. Assim, objetivou-se com o presente estudo testar a sobrevivência e produtividade de minicepas com acúleo e sem acúleo da espécie, com vistas a produção de mudas via miniestaquia. Foram coletadas sementes de 25 árvores matrizes e destas foram produzidas mudas em recipientes do tipo sacolas plásticas com capacidade de 20 L e preenchidas com terra de subsolo. A irrigação foi realizada diariamente com 100 ml de água por recipiente e adubação realizada a cada 15 dias com 20 ml de fosfato monoamônico (2g do adubo diluído em 1 L de água). As mudas foram separadas pela presença e ausência de acúleo e organizadas em delineamento inteiramente ao acaso com 4 repetições e 10 minicepas em cada parcela. Quando a muda atingiu 30 cm procede-se o corte da gema apical, deixando as minicepas com 20 cm de altura. Ao total foram realizadas quatro avaliações considerando a sobrevivência e número de brotações nas minicepas com acúleo e sem acúleo. Não foi observada diferença significativa para os caracteres sobrevivência e produção de brotações (p>0,05), considerando os diferentes fenótipos testados. Nas quatro avalições a sobrevivência foi de 100%. Quanto à produção de brotações, houve tendência de acréscimo ao longo das avaliações, na primeira coleta em média cada minicepa produziu dois propágulos, contudo na quarta avaliação, esse valor foi superior a 7. Os resultados obtidos indicam que não há diferença entre as minicepas com acúleo e sem acúleo de jurema-de-embira. Portanto, o fenótipo, nesse caso, não interferiu na sobrevivência e produção de propágulos com vistas a propagação via miniestaquia. Assim, conclui-se que minicepas de jurema-de-embira apresentam potencial para produção de propágulos com vistas a utilização na propagação via técnica de miniestaquia.
Palavras-chave: Propagação vegetativa, miniestaquia, silvicultura de nativas.
A criação de cursos de Engenharia Florestal no semiárido nordestino, além de caráter ambiental, possui importância econômica para a região. Tendo em vista a atuação deste profissional florestal no Semiárido, pretendeu-se com o simpósio abordar temas relacionados, principalmente, à produção florestal e as potencialidades e limitações deste tipo de ambiente, mostrando as formas de obtenção de renda a partir dos recursos florestais e seus produtos, principalmente das Florestas Secas, presentes no nordeste brasileiro. Pensando nisso, e na integração entre profissionais da área florestal e áreas afins e o setor produtivo florestal, é que o II SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e IV SEMANA ACADÊMICA DA ENGENHARIA FLORESTAL tem como tema geral “Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido” e teve a participação de atores do setor florestal da região. A primeira edição (I SIMPÓSIO POTIGUAR DE ENGENHARIA FLORESTAL e III SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL) ocorreu em novembro de 2018, no Campus Mossoró da UFERSA. Nesta segunda edição do evento foram abordados temas atuais de interesse do setor florestal do Nordeste, a fim de promover o debate das questões essenciais ligadas à economia e produção florestal, bem como os benefícios trazidos pelo uso sustentável dos recursos florestais, madeireiros e não madeireiros. O objetivo geral do evento foi o de fomentar o debate sobre a potencialidade e as limitações do setor florestal no Semiárido brasileiro e oportunizar, assim, aos participantes, um ambiente de discussão sobre a contribuição desse setor no desenvolvimento regional. O evento buscou se tornar atrativo para um público bastante diversificado. O evento compreendeu 6 palestras e 3 mesas-redondas com membros da sociedade civil e governamental, que versaram sobre o mercado florestal, potencialidades e limitações do Semiárido e sobre a sustentabilidade da atividade florestal em ambiente semiárido. O evento teve também a parte científica, recebendo 19 resumos expandidos dentro de linhas de pesquisa com foco em: Mercado, Desafios e Sustentabilidade no Semiárido. Cabe destacar que, paralelamente, aconteceu a IV SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL, organizada pelo Centro Acadêmico de Engenharia Florestal - CAEF, com o apoio da Coordenação do Curso de Engenharia Florestal, ambos da UFERSA. Espera-se ter proporcionado a integração entre universidade e comunidade e despertado em todos o interesse pelas questões relacionadas à produção florestal no semiárido.
Comissão Organizadora
CENTRO ACADÊMICO DE ENGENHARIA FLORESTAL MATA BRANCA - UFERSA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL - UFERSA
Comissão Científica
Profa. Dra. Elizângela Cabral dos Santos
Prof. Dr.Marco Antonio Diodato
Prof. Dr.Carlos José da Silva
Profa. Dra. Rejane Tavares Botrel
Profa. Dra. Gabriela Salami
Prof. Dr. Emanuel Araújo Silva
Coordenação de Engenharia Florestal - Ufersa: engflorestal@ufersa.edu.br
Centro Acadêmico de Engenharia Florestal: caefufersa@gmail.com