Tendo como ponto de partida e referencial teórico o pensamento do filósofo italiano Gianni Vattimo, a presente pesquisa investiga alguns aspectos do fenômeno religioso na pós-modernidade. Objetiva-se mostrar que a religião foi, nas sociedades tradicionais, um grande e poderoso sistema que permeava todas as camadas sociais, mas, com o advento da modernidade, ela perdeu seu poder e, consequentemente, sua autoridade, passando a compor apenas mais um subsistema entre tantos outros. Isso porque a modernidade é marcada pelo antropocentrismo e pela secularização, que é a independência do Estado e/ou do homem das instâncias sagradas. Vale ressaltar que a secularização não pôs fim ao discurso religioso. Com o surgimento do processo de secularização deu-se início a um embate entre a religião e a modernidade, pois a religião reluta em aceitar a nova configuração social, configuração esta onde Deus não mais ocupa um lugar central e a igreja não fala em seu nome. Diante da relutância da igreja em aceitar a modernidade, ela combate com veemência os novos confins da bioética e das biotecnologias tais como: as manipulações genéticas, a reprodução assistida, a eutanásia, os relacionamentos homoafetivos, assim como a tentativa do papa João Paulo II em proibir o uso de preservativo. Há por isso uma busca por parte da igreja em perpetuar sua autoridade buscando a sociedade ideal. Mas, a secularização não foi capaz de cancelar o espaço da fé, mas é inegável que causou um forte abalo nas estruturas sociais, mudando a forma do homem de se relacionar com a religião.
Entre os dias 12 e 14 de setembro de 2018, a Universidade Federal de Alagoas – Ufal, sediou o IV Congresso Nordestino de Ciências da Religião e Teologia. A iniciativa nasceu do convite da comissão organizadora da última edição do evento, realizado em 2016, na UNICAP, em Recife-PE. Após o convite, o Núcleo de Estudos em Ciências da Religião – NECIR da Ufal acolheu esta tarefa por compreender a importância do debate acadêmico acerca das temáticas relacionadas às Ciências da Religião e à Teologia.
O tema escolhido para a quarta edição do congresso foi “Religião, Resistência e Direitos Humanos”. Este foi um convite para lembrar a comunidade que a religião é o exercício da pluralidade, do respeito e da verdade, por isso cabe-nos pensar como as ideias antidemocráticas provocam um discurso de ódio, propiciam a violência ao abandonar a essência do fenômeno religioso. Nestes termos, o estado democrático tem a tarefa de debater sobre multiculturalismo e interculturalíssimo religioso; lembrar que a religião é o exercício do sagrado.
Coordenação Geral
Anderson de Alencar Menezes - UFAL
Coordenação Executiva
Adriano Oliveira Trajano Gomes - UFAL
Comissão Científica
Henrique Cahet - (Coordenador) - UFAL
José Guibson Delgado Dantas - UFAL
Francisco Pereira de Souza - UFAL
Clébio Correia - UNEAL
Gilbraz Aragão - UNICAP
Jeyson Messias Rodrigues
Murilo Alves – UFAL
Suely Pereira - CESMAC
Maria Jeane dos Santos Alves - UFS
Newton Darwin Cabral - UNICAP
Dilaine Sampaio - UFPB
Carlos André Cavalcanti - UFPB
Manoel Henrique de Melo Santana - CESMAC
Márcia Brito Nery Alves - UFAL
Comissão de Logística
José Vicente Medeiros da Silva - UFAL
Alberto Vivar Flores - UFAL
Comissão de Infraestrutura
Alberto Vivar Flores - UFAL
Comissão de Comunicação
Carley Rodrigues Alves - UFAL
Adriano Oliveira Trajano Gomes - UFAL
Comissão de Transportes
Anderson de Alencar Menezes - UFAL
Alberto Vivar Flores - UFAL
Comissão Cultural
Márcia Brito Nery Alves - FRM
Jeyson Messias Rodrigues - UFAL
Carley Rodrigues Alves (carley@arapiraca.ufal.br)
Comissão de Comunicação