O objetivo desta comunicação é discutir uma das teses centrais da antropologia filosófica de Paul Ricoeur (1913-2005), a partir de L’Homme faillible (1960). Para Ricoeur, o homem consiste numa interminável mediação entre duas dimensões que compõem seu ser: a finitude e a infinitude. Essa mediação é frágil, e por isso o homem é falível. Nós exploraremos o primeiro polo da mediação: a finitude. Para Ricoeur, a finitude não se reduz à mortalidade, nem à facticidade, nem à corporeidade. Antes, a finitude envolveria um movimento de ultrapassagem de si mesma. Esse movimento de ultrapassagem inerente à finitude é o que a mantém em constante tensão dialética com a infinitude. A ultrapassagem mostra que a finitude implica uma negatividade, mas para Ricoeur se trata apenas de uma transição; o originário no homem seria a afirmação. Para Ricoeur, o homem fatalmente atravessa duas negatividades. A primeira é a distinção e a alteridade, na qual a finitude se percebe como limitada e parcial. É nesta primeira negatividade que o homem se dará conta da existência de outrem, e de que ele mesmo é um outrem para os outros. A segunda negatividade é a da falta e da culpabilidade, na qual a finitude se percebe incapaz de se igualar à afirmação originária que a atravessa. É nesta segunda negatividade que o homem enfrenta a travessia do mal cometido, no qual é possível experimentar o arrependimento e a mais profunda experiência de cisão interior. Pretendemos abordar essas duas negatividades que estão ligadas à finitude humana.
Entre os dias 12 e 14 de setembro de 2018, a Universidade Federal de Alagoas – Ufal, sediou o IV Congresso Nordestino de Ciências da Religião e Teologia. A iniciativa nasceu do convite da comissão organizadora da última edição do evento, realizado em 2016, na UNICAP, em Recife-PE. Após o convite, o Núcleo de Estudos em Ciências da Religião – NECIR da Ufal acolheu esta tarefa por compreender a importância do debate acadêmico acerca das temáticas relacionadas às Ciências da Religião e à Teologia.
O tema escolhido para a quarta edição do congresso foi “Religião, Resistência e Direitos Humanos”. Este foi um convite para lembrar a comunidade que a religião é o exercício da pluralidade, do respeito e da verdade, por isso cabe-nos pensar como as ideias antidemocráticas provocam um discurso de ódio, propiciam a violência ao abandonar a essência do fenômeno religioso. Nestes termos, o estado democrático tem a tarefa de debater sobre multiculturalismo e interculturalíssimo religioso; lembrar que a religião é o exercício do sagrado.
Coordenação Geral
Anderson de Alencar Menezes - UFAL
Coordenação Executiva
Adriano Oliveira Trajano Gomes - UFAL
Comissão Científica
Henrique Cahet - (Coordenador) - UFAL
José Guibson Delgado Dantas - UFAL
Francisco Pereira de Souza - UFAL
Clébio Correia - UNEAL
Gilbraz Aragão - UNICAP
Jeyson Messias Rodrigues
Murilo Alves – UFAL
Suely Pereira - CESMAC
Maria Jeane dos Santos Alves - UFS
Newton Darwin Cabral - UNICAP
Dilaine Sampaio - UFPB
Carlos André Cavalcanti - UFPB
Manoel Henrique de Melo Santana - CESMAC
Márcia Brito Nery Alves - UFAL
Comissão de Logística
José Vicente Medeiros da Silva - UFAL
Alberto Vivar Flores - UFAL
Comissão de Infraestrutura
Alberto Vivar Flores - UFAL
Comissão de Comunicação
Carley Rodrigues Alves - UFAL
Adriano Oliveira Trajano Gomes - UFAL
Comissão de Transportes
Anderson de Alencar Menezes - UFAL
Alberto Vivar Flores - UFAL
Comissão Cultural
Márcia Brito Nery Alves - FRM
Jeyson Messias Rodrigues - UFAL
Carley Rodrigues Alves (carley@arapiraca.ufal.br)
Comissão de Comunicação