A sociedade ocidental, com o advento da modernidade, viu-se completamente transformada. O indivíduo já não tem mais sua vida controlada inteiramente por uma Instituição geral e coercitiva, como era o caso da igreja nas sociedades cristãs pré-modernas. O sistema de sentidos e valores, isto é, a cosmovisão do indivíduo é formada por sua própria subjetividade e experiências de vida. Diante desse contexto, as religiões são exiladas ao âmbito privado da vida humana, tornando-se mais uma oferta de sentido a qual se pode ou não aderir livremente. O que pode, a princípio, parecer um fenômeno exclusivamente positivo, traz um profundo sentimento de insegurança e, segundo Berger e Luckmann (2012), uma “crise de sentido” universal. Assim, ao invés de trazer consigo o fim das religiões, a modernidade causa, na verdade, uma reelaboração dos discursos e estratégias religiosas, por parte da Instituição, e uma nova forma de se relacionar com o divino, ou ao menos de consumir seus bens religiosos, por parte do indivíduo. A adesão a um sistema de fé já não é mais hereditário, mas acontece a partir da experiência pessoal e subjetiva do fiel; o sagrado já não é administrado apenas por ministros religiosos, mas acessível, agora, a todos; a dimensão de sacrifício e ascese abre espaço para uma religiosidade do bem-estar emocional, etc. Este trabalho, portanto, tentará apontar causas para essas mudanças, além de perceber novas tendências e movimentos próprios dessa relação entre religião e indivíduo na pós-modernidade.
Entre os dias 12 e 14 de setembro de 2018, a Universidade Federal de Alagoas – Ufal, sediou o IV Congresso Nordestino de Ciências da Religião e Teologia. A iniciativa nasceu do convite da comissão organizadora da última edição do evento, realizado em 2016, na UNICAP, em Recife-PE. Após o convite, o Núcleo de Estudos em Ciências da Religião – NECIR da Ufal acolheu esta tarefa por compreender a importância do debate acadêmico acerca das temáticas relacionadas às Ciências da Religião e à Teologia.
O tema escolhido para a quarta edição do congresso foi “Religião, Resistência e Direitos Humanos”. Este foi um convite para lembrar a comunidade que a religião é o exercício da pluralidade, do respeito e da verdade, por isso cabe-nos pensar como as ideias antidemocráticas provocam um discurso de ódio, propiciam a violência ao abandonar a essência do fenômeno religioso. Nestes termos, o estado democrático tem a tarefa de debater sobre multiculturalismo e interculturalíssimo religioso; lembrar que a religião é o exercício do sagrado.
Coordenação Geral
Anderson de Alencar Menezes - UFAL
Coordenação Executiva
Adriano Oliveira Trajano Gomes - UFAL
Comissão Científica
Henrique Cahet - (Coordenador) - UFAL
José Guibson Delgado Dantas - UFAL
Francisco Pereira de Souza - UFAL
Clébio Correia - UNEAL
Gilbraz Aragão - UNICAP
Jeyson Messias Rodrigues
Murilo Alves – UFAL
Suely Pereira - CESMAC
Maria Jeane dos Santos Alves - UFS
Newton Darwin Cabral - UNICAP
Dilaine Sampaio - UFPB
Carlos André Cavalcanti - UFPB
Manoel Henrique de Melo Santana - CESMAC
Márcia Brito Nery Alves - UFAL
Comissão de Logística
José Vicente Medeiros da Silva - UFAL
Alberto Vivar Flores - UFAL
Comissão de Infraestrutura
Alberto Vivar Flores - UFAL
Comissão de Comunicação
Carley Rodrigues Alves - UFAL
Adriano Oliveira Trajano Gomes - UFAL
Comissão de Transportes
Anderson de Alencar Menezes - UFAL
Alberto Vivar Flores - UFAL
Comissão Cultural
Márcia Brito Nery Alves - FRM
Jeyson Messias Rodrigues - UFAL
Carley Rodrigues Alves (carley@arapiraca.ufal.br)
Comissão de Comunicação