Resolução cirúrgica de atresia anal em ovino

  • Autor
  • Cibelle Martins Uchoa de Almeida
  • Co-autores
  • Ruan da Cruz Paulino , Edson Teixeira Pereira , Desirée Coelho de Mello Seal , Fabio Franco Almeida , Leonardo Lomba Mayer , Tales Gil de França , Raimundo Alves Barreto Junior
  • Resumo
  • A Atresia anal é uma patologia caracterizada pelo não desenvolvimento da abertura do ânus, sendo este um defeito congênito que pode acometer diversas espécies animais. Tal distúrbio é mais comum em espécies de interesse zootécnico do que em animais de companhia. Essa falha ocorre durante o desenvolvimento embrionário, e não há fatores genéticos ou de manejo que possam ser indicados como causas. Torna-se evidente nos primeiros dias ou semanas de vida, quando nota-se sinais clínicos, como ausência de defecação, inquietação e distensão abdominal, visto que pode ser diagnosticado por exame físico e palpação. O tratamento indicado é cirúrgico e o prognóstico favorável, já que é possível a criação de uma abertura, mediante o procedimento cirúrgico. O presente trabalho relata o caso de um ovino, macho, com 3 dias de vida, sem raça definida, pesando 2 kg, atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). No exame clínico foi observado que o animal apresentava-se apreensivo, frequência cardíaca aumentada e sem alterações nos parâmetros fisiológicos observados. O paciente foi submetido à intervenção cirúrgica para fins de correção e abertura do ânus. Inicialmente procedeu-se com a indução anestésica do animal, sendo utilizado a sedação com xilazina (0,05 mg/kg) por via endovenosa e lidocaína (0,016 ml/kg) por via epidural baixa. Com o animal em decúbito esternal realizou-se uma incisão em “X” para se remover a pele do local para remover a pele do local. Em ato continuo realizou-se divulsão da musculatura do ânus e identificou-se um fundo de saco cego, o reto, que ao fazer a incisão pôde-se perceber que houve a saída de gás. Foi suturada a mucosa retal com a pele, fixado com 4 pontos cardiais (12, 3, 6, 9 horas) utilizando fio de nylon 3-0, em seguida completou-se com outros pontos simples separados entre os 4 pontos fixados. No pós-operatório empregou-se o uso de dipirona (25 mg/kg), meloxican (0,5 mg/kg, SID) por cinco dias e penicilina (20.000 UI/SID) durante sete dias, juntamente com a limpeza diária da ferida durante dez dias como forma profilática. O paciente recuperou-se adequadamente, visto que nos casos de atresia anal é de suma importância o atendimento precoce, antes do estabelecimento de alterações sistêmicas que possam complicar o procedimento anestésico-cirúrgico e a recuperação do animal. Dessa forma pode-se concluir que o tratamento cirúrgico foi satisfatório e o animal se recuperou sem intercorrências.

  • Palavras-chave
  • Defeito congênito, cirurgia, neonato, pontos cardiais
  • Área Temática
  • Clínica Cirúrgica e Anestesiologia
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