Importância da Tristeza parasitária bovina em animais transportados de áreas de instabilidade para de estabilidade endêmica: relato de caso

  • Autor
  • Allanderson Vinicius de Jesus VIEIRA
  • Co-autores
  • Gilberto dos Santos Lima JUNIOR
  • Resumo
  • Importância da Tristeza parasitária bovina em animais transportados de áreas de instabilidade para de estabilidade endêmica: relato de caso

    Importance of bovine Tick Fever in transported animals from instability area to stability endemic area: case report

     

    Gilberto dos Santos Lima JUNIOR¹*, Vinicius Pereira VIEIRA¹, Allanderson Vinicius de Jesus VIEIRA¹, Katyanne Gomes da Silva GOMES¹, Wendell Marcelo de Souza PERINOTTO², Joselito Nunes COSTA³

    ¹Discentes do curso de Medicina Veterinária na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA, Brasil. E-mail: gilbertolimamedvet@gmail.com

    ²Docente das disciplinas de Parasitologia e Enfermidades Parasitárias do curso de Medicina Veterinária na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA, Brasil.

    ³Docente das disciplinas de Clínica Médica e Terapêutica de Grandes Animais, Clínica das doenças Carenciais, Endócrinas e Metabólicas do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, BA, Brasil.

    Tristeza Parasitária Bovina (TPB) é um complexo de enfermidades causadas pelos agentes etiológicos  Babesia bigemina, B. bovis e Anaplasma marginale, todos parasitos de eritrócitos dos bovinos. Estes hemoparasitos são transmitidos biologicamente pelo carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus e, mecanicamente, A. marginale por vetores hematófagos como tabanídeos, culicídeos e muscídeos ou ainda por fômites com sangue contaminado, como agulhas e seringas. Os sinais clínicos característicos são hipertermia, anemia, hemoglobinúria, icterícia, anorexia, emagrecimento e mortalidade em animais vulneráveis. O fenômeno de instabilidade enzoótica está relacionado à maior vulnerabilidade dos rebanhos, pois os animais não ficam em contato com os carrapatos infectados durante todo ano, com isso, não desenvolvem imunidade ativa contra estes agentes de uma maneira contínua. Portanto, quando infectados, poderm apresentar a forma clínica grave da doença, correlatando altas taxas de mortalidade. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi relatar um caso de TPB de um bovino atendido no Hospital Universitário de Medicina Veterinária (HUMV) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Deu entrada no HUMV da UFRB um bovino, SRD, de um ano de idade, proveniente da cidade de Serrinha na Bahia e recém introduzido em uma propriedade da cidade de Cruz das Almas, caracterizando a saída de uma área de instabilidade para uma de estabilidade enzoótica. Poucos dias após ter contato com os carrapatos da propriedade, o animal apresentou apatia e decúbito, foi trazido ao HUMV-UFRB apresentando apetite diminuído, caquexia, presença de carrapatos, mucosas pálidas e vasos episclerais filiformes, temperatura 37ºC, frequência respiratória de 16 mpm, cardíaca de 100 bpm, um movimento ruminal a cada dois minutos. Devido o histórico de transporte, presença de carrapatos e os sinais clínicos, a suspeita foi de TPB, portanto, foram solicitados os exames laboratoriais de hemograma, e pesquisa de hemoparasitos através de esfregaço sanguíneo de ponta de orelha.No hemograma foi evidenciada anemia normocítica, hipocrômica, hipoproteinemia e trombocitopenia. No leucograma foi verificada leucocitose neutrofílica, linfocitose, monocitose e plasma moderadamente ictérico. No esfregaço sanguíneo foi detectada a presença de A. marginale e Babesia spp. Para o tratamento do animal, foi administrado imidocarb e tratamento suporte com vitamina B12, Ferro elementar e um complexo vitamínico. Este se recuperou totalmente recebendo alta após um mês da entrada no Hospital. Pode se concluir assim a importância do comércio de animais provenientes de áreas de instabilidade para as de estabilidade endêmica dos agentes da TPB, onde, sem a devida cautela, irão gerar prejuízos para o adquirente. Conclui-se também que, com o diagnóstico precoce e tratamento, o animal pode se recuperar e retornar a produção em pouco tempo.

     

    Palavras-chaves: Anaplasmose, Babesiose, Epidemiologia, Diagnóstico.

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