Dermoide ocular bilateral em bovino: relato de caso

  • Autor
  • Aluisio de Souza Neto
  • Co-autores
  • Estela Ivone Borges Lemos , Francisco Fernandes Feitoza Neto , Dèsiree Coelho de Mello Seal , Leonardo Lomba Mayer , Tales Gil de França , Fábio Franco Almeida , Raimundo Alves Barreto Júnior
  • Resumo
  •  

    O dermoide ocular é uma malformação congênita, infrequente em bovinos e se apresenta como uma massa benigna de origem ectodérmica ou mesodérmica, aderida, superficial, áspera ou lisa, de tamanho variado, uni- ou bilateral, circunscrita, indolor, porém irritante, sem mobilidade, de crescimento lento, consistência firme, ausência de ulceração e com presença de pelos. A superfície anterior do olho, a pálpebra, a terceira pálpebra e o ângulo do olho podem ser envolvidos. Nos bovinos, apesar da afecção ser pouco comum, a ingestão de Jurema Preta (Mimosa tenuiflora) por fêmeas prenhes, facilmente encontrada no nordeste brasileiro, pode ser a causa de diversas malformações congênitas, como por exemplo o dermoide ocular. As consequências são lesões graves como ceratites, úlcera corneana e déficit visual. Recomenda-se a ablação cirúrgica. Um bovino, fêmea, sem raça definida, com 10 meses de idade foi atendido no Hospital Veterinário da UFERSA, Mossoró/RN, o proprietário relatou a presença de uma massa com pelos sobre a conjuntiva e parte da córnea bilateral, medindo aproximadamente 5x3 cm, ausência de prurido e com lacrimejamento. O diagnóstico clínico foi de dermóide ocular bilateral. O tratamento preconizado se deu com a ressecção de inicialmente, um dermoide. Utilizou-se terapia local com 1 gota/dia de atropina durante 7 dias, 1 gota de diclofenaco e 1 gota de tobramicina QID, por 15 dias, soro autólogo – 1 gota, QID por 40 dias, além de antibioticoterapia e anti-inflamatórios sistêmicos durante 5 dias. Os colírios eram administrados em um intervalo de 5 minutos. Antes da aplicação, a ferida cirúrgica era limpa com solução fisiológica. Para o olho subsequente, realizou-se o mesmo procedimento cirúrgico e terapia com atropina, soro autólogo, diclofenaco e anti-inflamatórios sistêmicos semelhante ao anterior. Após 15 dias da realização da segunda intervenção cirúrgica, o animal obteve alta médica. Dessa forma, é possível concluir que  a excisão cirúrgica associada ao tratamento clínico instituído demonstrou eficácia para resolução do quadro do animal.

     

  • Palavras-chave
  • Malformação congênita, ablação cirúrgica, soro autólogo.
  • Área Temática
  • Clínica Médica
Voltar Download
  • Clínica Médica
  • Diagnóstico por Imagem
  • Patologia Clínica
  • Clínica Cirúrgica e Anestesiologia
  • Patologia
  • Doenças Infectocontagiosas e Saúde Coletiva
  • Enfermidades Parasitárias
  • Reprodução e Biotecnologia
  • Enfermidades Metabólicas, Tóxicas e da Produção
  • Extensão Rural
  • Produção Animal

Comissão Organizadora

IV CONEB

Comissão Científica