Percepção dos produtores de leite a respeito da atividade extensionista no município de Presidente Figueiredo, Amazonas, Brasil

  • Autor
  • JOMEL FRANCISCO DOS SANTOS
  • Co-autores
  • YTAIARA LIMA PEREIRA , MARIANA SILVA ALBUQUERQUE , FRANCISCO MARTINS DE CASTRO , PAULO CESAR GONÇALVES DE AZEVEDO FILHO
  • Resumo
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    Por meio de ações extensionistas é possível praticar os ensinamentos obtidos em sala de aula, além da troca de experiências com a vivência diária com os produtores. O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção dos produtores de leite do município de Presidente Figueiredo, quanto às ações extensionistas e atividades praticadas na região, estabelecendo uma troca de conhecimento entre os produtores e a instituição de ensino. Nesse sentido, alunos e professores do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) aplicaram questionário objetivo acompanhado de termo de consentimento livre e esclarecido, em sete propriedades rurais do município de Presidente Figueiredo que desenvolviam a atividade leiteira. Observou-se que os produtores entrevistados têm pouco tempo de atuação na produção leiteira, pois, 86% dos produtores iniciaram a atividade a cerca de 1 a 5 anos. Esse fato pode estar relacionado com os incentivos do projeto “Balde Cheio”, do SEBRAE, que se instalou na região desde 2014, visando aumentar a produtividade e o desenvolvimento da pecuária leiteira da localidade. Com esse processo ainda de expansão, 86% dos entrevistados afirmaram que o foco para os próximos cinco anos é aumentar a produção leiteira, investindo na melhoria dos plantéis (42,85%), nas instalações, implementos e equipamentos (42,85%) e/ou na produção de alimentos na fazenda (14,28%). O auxílio do governo é importante para que isso aconteça, visto que 30% dos entrevistados afirmaram que já utilizaram ou necessitam de financiamentos para desenvolverem a sua produção. Os pontos que levam a baixa produtividade, segundo os produtores entrevistados, baseiam-se na baixa qualidade genética dos animais (43%), na alimentação disponível e ofertada aos animais (29%), na sanidade do rebanho (14%) e no alto custo de produção (14%). Com isso, a orientação e o conhecimento de técnicas aplicadas na produção são necessários, e segundo relato dos próprios produtores estas ações podem ser feitas por meio de cursos de extensão (37,5%), assistência técnica (31,25%) e pesquisas na área (18,75%) desenvolvidas em atividades de ensino, pesquisa e extensão com o IFAM. Sobre o IFAM, todos os entrevistados (100%) afirmaram conhecer a instituição, e demonstraram interesse em realizar cursos como: inseminação artificial, melhoramento genético, cuidados e sanidade animal, controle de mastite e qualidade do leite. Para que a troca de conhecimentos se desenvolva, o IFAM pretende realizar ações futuras que venham a ajudar estes produtores a melhorarem sua produção. Assim, o interesse dos produtores em aprimorar seus conhecimentos e aplicar novos conceitos na produção faz com que a atividade leiteira continue a expandir na região. As ações extensionistas, além de funcionarem como troca de conhecimento instituição-produtor, atuam como ferramentas para fortalecer a pecuária local e contribuir na melhoria e qualidade do leite, como também na eficiência produtiva da região, uma vez que reduz a escassez de conhecimento teórico apresentado pelos entrevistados.

     

  • Palavras-chave
  • Assistência Técnica, Extensão Acadêmica, Produção Leiteira
  • Área Temática
  • Extensão Rural
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