Vários fatores como a saúde e nutrição dos animais, falhas vinculadas as práticas de manejo na ordenha, na sanitização dos equipamentos e dos utensílios podem influenciar na sanidade da glândula mamária e, consequentemente, na qualidade do leite. A contagem de células somáticas pode fornecer informações úteis que refletem as condições sanitárias do rebanho. Nesta perspectiva, entre julho de 2015 e julho de 2017, foram avaliadas a CCS de rebanho bovino do Laboratório de Bovinocultura, da Universidade Federal da Paraíba, Campus III, Bananeiras-PB. As amostras foram coletadas diretamente do tanque de resfriamento (leite total) e a contagem de células somáticas foi realizada utilizando-se o Kit Somaticell® (Cap-Lab©). No primeiro ano de coleta a média apresentada, 7,0 x 105 CS/mL, esteve acima do estabelecido pela legislação, exigindo a adoção de medidas corretivas. Inicialmente foi realizada a capacitação dos ordenadores, com foco na introdução de boas práticas de higiene e manejo de ordenha, logo após, o estabelecimento de uma rotina de controle quinzenal, através do Califórnia Mastite Teste (CMT), para estabelecimento das linhas de ordenha, além da introdução do registro de ocorrências sanitárias. Como resultado, a partir do segundo ano de avaliação as médias foram estabelecidas em 433.333 e 364.444 CS/mL, respectivamente, estando abaixo do limite máximo estabelecido pela legislação, que apresenta como exigência, desde 01 de julho de 2015, para as regiões norte e nordeste, o limite máximo de 5,0 x 105 CS/mL. Conclui-se que a implantação das boas práticas de higiene na ordenha através da capacitação dos ordenadores, bem como, a adoção de linha de ordenha, foram efetivos, contribuindo para melhoria da qualidade do leite produzido.
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IV CONEB
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