A prevalência da Diarreia viral bovina ocorre em todo o mundo, mudando apenas a prevalência de cada país e ou até mesmo regiões e propriedades. Essa variação depende de alguns fatores, tais como densidade animal, aptidão do rebanho (leiteiro ou corte), sistema de criação (sistemas intensivo, semi-intensivo ou extensivo), programa de vacinação, práticas de manejo e medidas de biossegurança adotadas por cada propriedade. A BVD é caracterizada pela baixa mortalidade, entretanto esta ocasiona perdas financeiras devidas à morte dos animais clinicamente doentes, queda na produção entre os restantes e elevados custos veterinários, nas explorações onde ocorre. O objetivo desse trabalho foi determinar a frequência e fatores epidemiológicos da diarreia viral bovina no semiárido brasileiro, envolvendo os municípios Miguel Calmon, Senhor do Bomfim e Petrolina. No estudo, foram avaliadas quatro propriedades por munícipio totalizando 257 animais. O sangue dos animais foi coletado para obtenção do soro, que foi submetido a técnica de soroneutralização para determinação do título de anticorpos para o vírus da diarreia viral bovina. No desenho amostral, utilizou-se o programa Epiinfo versão 7 para determinação do número de propriedades a serem visitadas. Para o estudo dos fatores de risco associados à infecção realizou-se um estudo transversal, um questionário constituído por perguntas fechadas, relativas a informações sobre o criador, características gerais da propriedade como espécie, raça (pura ou mestiça), tipo de produção (leite ou carne), sistema de manejo (intensivo, semi-intensivo ou extensivo) e aspectos sanitários (freqüência de limpeza das instalações, presença de assistência veterinária). O questionário foi aplicado pelo mesmo entrevistador. Foram identificados 144 animais positivos para enfermidade, resultando uma prevalência geral de 56% dos animais avaliados e 91,6% das propriedades. No presente estudo, a prevalência da diarreia viral bovina foi maior nos municípios de Miguel Calmon e Senhor do Bonfim, com valores 76,1 e 53,15% respectivamente. Em Petrolina a prevalência da BVD foi de 27,8%.
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