A ovinocultura é uma atividade de grande importância para a agropecuária brasileira sendo que esses animais podem apresentar diferentes alterações fisiológicas de acordo com idade, tipo de parto, sexo, dentre outros. O presente trabalho tem como objetivo analisar as diferentes adaptações dos parâmetros fisiológicos entre cordeiros machos e fêmeas da raça Santa Inês. Foram coletados os dados fisiológicos de peso corporal, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura retal, tempo de preenchimento capilar e turgor cutâneo nas primeiras 96 horas de vida em 54 borregos da raça Santa Inês em uma propriedade no município de Estância – Sergipe. Os resultados foram inicialmente analisados por delineamento em blocos ao acaso utilizando modelos mistos, objetivando minimizar as interferências externas ao animal que ocorreram nos diferentes momentos das coletas. Posteriormente, utilizou-se o procedimento PROC MIXED do SAS© (P ? 0,05) e recursos computacionais da MINITAB© (P ? 0,05) para elaboração de tabelas e gráficos. Diante dos dados, foi possível observar diferença estatística significativa no quesito peso, onde os machos obtiveram uma média de peso corporal de 4,09kg com diferença superior (p<0,0001) diante das fêmeas que apresentaram peso corporal de 3,21kg. Essa diferença de pode ocorrer pela relação de massa corporal com os níveis de testosterona que, embora seja mais evidente na puberdade, já existe nos primeiros dias de vida do animal, onde os machos possuem uma maior concentração desse hormônio. Os demais parâmetros não tiveram influência do sexo. Conclui-se que o sexo dos animais influenciou somente no peso corporal, não havendo interação com os demais parâmetros avaliados neste trabalho, indicando que as boas práticas de manejo nos primeiros dias de vida em recém-nascidos podem ser as mesmas independente da condição sexual dos animais.
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