Eimeriose Nervosa Bovina – Relato de Caso

  • Autor
  • Lucas da Costa Dutra
  • Co-autores
  • Táyrlla Polessa Rodrigues Silva , Nitalmo Leite Júnior , Jobson Filipe de Paula Cajueiro , Nivaldo de Azevedo Costa , José Augusto Bastos Afonso , Carla Lopes de Mendonça , Rodolfo José Cavalcanti Souto
  • Resumo
  • Eimeriose Nervosa Bovina – Relato de Caso

    Bovine Nerve Eimeriosis - Case Report

     

    Lucas da Costa DUTRA1*, Táyrlla Polessa Rodrigues SILVA¹, Nitalmo Leite JUNIOR1, Jobson Filipe de Paula CAJUEIRO2, Nivaldo de Azevedo COSTA2, José Augusto Bastos AFONSO2, Carla Lopes de MENDONÇA 2, Rodolfo José Cavalcanti SOUTO2

     

    ¹ Residente, Programa de Sanidade de Ruminantes, Clinica de Bovinos de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco – Garanhuns, Pernambuco, Brasil. E-mail: tayrllaprs@gmail.com

    2 Clinica de Bovinos de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco – Garanhuns, Pernambuco, Brasil.

     

    Dentre as principais parasitoses gastrointestinais em bovinos a eimeriose destaca-se pelas perdas econômicas. É causada por Eimeria spp., que é específica para cada espécie de hospedeiro.  As fezes de animais doentes, contendo oocistos não-esporulados, são a principal fonte de infecção. A forma clínica da doença ocorre principalmente em bezerros desmamados, por diarreia com odor fétido, podendo apresentar muco ou sangue, anemia, desidratação, inapetência e anorexia.  Caracteriza-se também por diarreia crônica, podendo apresentar a forma nervosa, que está associada a infecções entéricas por Eimeria spp e que apresenta altas taxas de mortalidade. Ocorre em bezerros, ovinos e caprinos entre 1-2 anos e em bovinos de engorda. A patogenia da encefalopatia causada pela eimeriose é desconhecida. A diarreia, tenesmo e hematoquezia, normalmente precedem os sinais nervosos que são: depressão, incoordenação, contrações espasmódicas, hiperestesia, opistótono, nistagmo, sialorreia, vocalização e tremores musculares. Relata-se o caso de um bovino jovem proveniente do município de Garanhuns no estado de Pernambuco, de aproximadamente 1,5 anos de idade, macho, mestiço, criado num manejo semi-intensivo, suplementado com farelo de milho e de algodão, palma e pasto nativo. De acordo com o proprietário o animal apresentava diarreia sanguinolenta, fétida e em jatos há dois dias. Este foi atendido e interno na Clínica de Bovinos de Garanhuns (CBG), durante 11 dias. No exame físico foi observada apatia, fezes liquefeitas de coloração castanha e com estrias de sangue vivo, além de taquicardia, leve desidratação, hipertemia e comprometimento do peristaltismo intestinal. Foi realizado hemograma que revelou de alterado: hipoproteinemia, hipofribinogenemia, leucocitose por linfocitose, neutrofilia e desvio a esquerda regenerativo. No exame parasitológico de fezes obteve-se a contagem de 2.900 oocistos de Eimeria spp. e 1.400 ovos por grama de fezes do tipo Strongyloidea. Foi realizado protocolo terapêutico com antiparasitário à base de albendazol administrado por via enteral (2,5-5mg/kg) e antimicrobiano composto por sulfadiazina sódica e trimetoprim (13mg/kg) uma vez ao dia, por via intramuscular, em 4 aplicações consecutivas, administração de fluido ruminal, além de carvão ativado por via oral (16mg/kg).  Nos três primeiros dias de internamento o paciente manteve apetite caprichoso, desidratação, taquicardia, dinâmica de rúmen com movimentos incompletos e as fezes ainda aquosas com presença de sangue e muco, porém mais consistentes com o passar dos dias. Nos dias seguintes de internamento foram observados sinais neurológicos como: ataxia, incoordenação, opistótono, nistagmo e contrações espásticas dos membros torácicos e pélvicos com duração de 5 minutos. No sexto dia, quando as alterações neurológicas ainda estavam presentes, iniciou-se terapia de suporte com solução fisiológica 0,9%, borugluconato de cálcio (1mg/45kg) e suplementos de aminoácidos e vitaminas. Iniciou-se durante nesse período tratamento com enrofloxacina (5-7,5mg/kg – durante 5 dias). Nos dias seguintes houve melhora progressiva do aspecto das fezes, além dos demais parâmetros clínicos, não sendo mais observadas alterações neurológicas, até o 11º dia quando o paciente obteve alta.

     

     

    Palavras Chave: Doenças Parasitárias, Ruminantes, Sistema Neurológico. 

     

  • Palavras-chave
  • Doenças Parasitárias, Ruminantes, Sistema Neurológico
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