Multirresistência antimicrobiana de Staphylococcus aureus isolados no leite caprino e bovino

  • Autor
  • Rayane Thayse Moreira dos Santos Carnaúba
  • Co-autores
  • Karla Patrícia Chaves da Silva , Luís Gustavo Ramos de Moraes Calheiros , Egbely Maria Cordeiro dos Santos , Dayane Kelly Gomes de Oliveira Araujo , Anderson Silva de Oliveira , Neusvaldo de Medeiros Caldas Junior , Maria de Nazaré Santos Ferreira
  • Resumo
  •  

    As inflamações da glândula mamária de cabras e vacas causam prejuízos na produção de leite, devido à diminuição na produção e qualidade do produto. A etiologia das mastites é multifatorial e multietiológica, entretanto na maioria dos casos as bactérias são as causas mais frequentes, dentre ela as do gênero Sthaphylococccus sp representam um risco eminente aos consumidores de produtos lácteos, em razão do seu elevado potencial de produção de toxinas resistentes aos tratamentos térmicos comumente aplicados ao leite. Além disso, as principais causas do uso de antimicrobianos em pecuária leiteira são para o controle e o tratamento das mastites, as terapias inadequadas geram o número elevado de cepas de Staphylococcus aureus resistente aos antimicrobianos. Foram avaliadas 12 cabras e 100 vacas em lactação, totalizando 24 e 400 tetos analisados, respectivamente. As fêmeas se encontravam em diferentes períodos de lactação e tinham diversas idades, todas provenientes de propriedades de exploração leiteira nos Municípios do Sertão de Alagoas. Após o crescimento bacteriano, as colônias isoladas em placas de Petri contendo ágar sangue de ovino com característica macroscópica mucóide, amarelada, com duplo halo de hemólise e pequena foram sugestivas a bactéria S. aureus. Realizou-se testes de coagulase, DNAse e outras provas bioquímicas para caracterização fenotípica das amostras bacterianas e de S. aureus. Identificou-se 28,57% (10/35) de S. aureus isolados de mastite subclínica bovina e dez (10/10) amostras de mastite subclínica em cabras. Essas amostras foram selecionadas para avaliação da resistência aos diferentes grupos de antimicrobianos. As bactérias S. aureus proveniente de mastite bovina foram resistentes aos antibióticos Ácido Nalidíxico 90% (9/10) e a Amoxicilina 50% (5/10). Sendo Azitromicina e Ciprofloxacin os mais eficientes in vitro, inibindo 100% (10/10) das amostras de S. aureus. As amostras de S. aureus isolados dos casos de mastite subclínica em cabras foram resistentes aos antibióticos, Amoxicilina 90% (9/10) e Ácido Nalidíxico 60% (6/10) sendo a Amicacina o melhor antibiótico in vitro, inibindo 100% (10/10) das amostras bacterianas. A multirresistência em Staphylococcus aureus, proveniente de mastite bovina no sertão do estado de Alagoas, foi observado em 20% das amostras. Nas bactérias provenientes de mastite caprina foi detectado multirresistência em 40% das amostras de Staphylococcus sp. Conclui-se que nesta região é indicado o tratamento de mastite com antibióticos das classes Macrolídeos e Cefalosporinas, sendo os antimicrobianos das classes Penicilinas e Fluorquinolonas, os menos indicados. Além disso, é fundamental a adoção do diagnóstico microbiológico associado ao antibiograma para o estabelecimento de medidas terapêuticas eficientes.

  • Palavras-chave
  • Mastite, resistência, antibióticos
  • Área Temática
  • Doenças Infectocontagiosas e Saúde Coletiva
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