Avaliação do hematócrito em rebanho caprino e ovino infectados naturalmente por nematóides gastrointestinais

  • Autor
  • César Taynã Pereira dos SANTOS
  • Co-autores
  • José Sarto Gomes de CARVALHO-JUNIOR , Marcos Antônio VIEIRA FILHO , Valesca Barreto LUZ , Rodrigo Antônio Torres MATOS , Bruno Santos Braga CAVALCANTI , Gilsan Aparecida de OLIVEIRA , Cláudia Alessandra Alves de OLIVEIRA
  • Resumo
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    O Brasil está entre os maiores produtores de caprinos e ovinos do mundo, sendo classificado em 22° na caprinocultura e em 18° na ovinocultura com um rebanho de 8.851.879 e 17.614.454 cabeças, respectivamente.  Na região Nordeste os ovinos e caprinos estão presentes na quase totalidade das unidades produtivas voltadas para a agricultura familiar (pequeno excedente resume-se a uma limitada e irregular oferta de produtos como carne, peles, animais etc), o que indica a importância desse criatório para a segurança alimentar. Dentre as várias alternativas encontradas para a convivência com a seca, a caprinocultura e a ovinocultura têm sido apontadas como as mais viáveis. No entanto, do ponto de vista tecnológico, os baixos níveis de produtividade são, principalmente decorrentes das falhas nos manejos alimentar (não têm reservas de forragens para a seca), reprodutivo e principalmente sanitário (alta mortalidade de animais jovens devido a doenças infecciosas e verminoses).  No contexto sanitário, as helmintoses tem sido um entrave, pois, afetam a produtividade, diminuindo o consumo de alimento pelos animais, além de reduzir a digestão e absorção de nutrientes refletindo nas baixas taxas de hematócrito, consequentemente nos quadros de anemia, anorexia, e na baixa produção de carne e leite. Este trabalho objetivou correlacionar a taxa de hematócrito com o grau de infecção parasitária causados por helmintos. Foram coletadas amostras sanguíneas e fecais de 13 ovinos e 5 caprinos de ambos os sexos, raças e idades variadas, oriundos da fazenda escola de Medicina Veterinária do Centro Universitário Cesmac criados juntos sob regime semi-intensivo. Após a contenção foram recolhidas as amostras de fezes diretamente da ampola retal com o auxílio de sacolas plásticas previamente identificadas. Foi obtido 5 mL de sangue por venopunção da jugular após previa anti-sepsia nos animais utilizando álcool 70% e armazenadas em tubos estéreis contendo anticoagulante etilenodiaminotetracético (EDTA). Todas as amostras foram acondicionadas em caixas isotérmicas contendo gelo reciclável e encaminhadas aos Laboratórios de Doenças Parasitárias, onde foram processadas imediatamente. Foi utilizada a técnica de Macmaster para contagem de ovos por grama de fezes e o método de microhematócrito para verificação do percentual de volume globular. Foi verificada uma média de Opg do rebanho de 4.238 ovos de Strongyloidea entre ovinos e caprinos, destacando-se que apenas um dos ovinos foi positivo e com baixa infecção (100 ovos por grama de fezes). Observou-se uma média geral do hematócrito do rebanho de 25,5%, sendo a média dos ovinos 29,1% e caprinos 16%.  Os resultados demonstraram que os animais parasitados, independente do grau de infecção apresentaram queda considerável na taxa de volume globular. Sugere-se, ainda, que o rebanho de ovinos seja mais resistente as parasitoses do que os caprinos.

     

     

     

  • Palavras-chave
  • Anemia, Helmintos, Pequenos ruminantes.
  • Área Temática
  • Enfermidades Parasitárias
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