AVALIAÇÃO DO TEOR DE CLORETOS RUMINAL DE BOVINOS PORTADORES DE ÚLCERA ABOMASAL

  • Autor
  • Nitalmo Leite Júnior
  • Co-autores
  • Regina Nóbrega de Assis , Táyrlla Polessa Rodrigues Silva , José Augusto Bastos Afonso , Luiz Teles Coutinho , Rodolfo José Cavalcanti Souto , Jobson Filipe de Paula Cajueiro , Carla Lopes de Mendonça
  • Resumo
  • As úlceras abomasais podem acometer bovinos de todas as idades, ocorrendo frequentemente em vacas leiteiras de alta produção. Dietas contendo grandes quantidades de concentrado, bem como fatores estressantes e o desmame precoce em bezerros também podem ser considerados fatores predisponentes. Essa enfermidade constitui-se na principal causa de hemorragia do trato gastrintestinal proximal em bovinos, comprometendo o bem-estar do animal, a produção leiteira, o consumo de alimentos e o ganho de peso dos animais. As lesões abomasais resultam do desequilíbrio dos mecanismos de defesa da mucosa gástrica, cuja origem pode ser primária ou secundária e variar de acordo com a faixa etária do animal. Pode ser classificada em quatro tipos de acordo com o grau de hemorragia, profundidade da penetração na mucosa e extensão da peritonite provocada. A estase gastrintestinal, presente principalmente nos animais acometidos por úlceras perfuradas, pode provocar o refluxo do conteúdo abomasal para o rúmen, podendo resultar na elevação do teor de cloretos. Este trabalho teve por objetivo avaliar o teor de cloretos ruminal de animais diagnosticados com úlcera de abomaso. Foram analisados os prontuários clínicos de 17 bovinos, adultos (n=13) e bezerros (n=4), atendidos na Clínica de Bovinos de Garanhuns/UFRPE, diagnosticados com úlcera de abomaso, tendo como critério de triagem a exclusão de animais que apresentavam enfermidades digestivas concomitante, que pudessem alterar o teor de cloretos no rúmen. Para organização dos dados foi utilizado o programa Microsoft Excel 2010. Os casos foram agrupados de acordo com o tipo de úlcera presente, sendo realizada a média dos valores dos teores de cloretos, bem como o desvio padrão. O valor médio do teor de cloretos nos casos de úlcera de abomaso tipo II (n=2) foi 29,58 mEq/L (± 27,68), nos animais diagnosticados com úlceras abomasais do tipo III (n=5) esse valor foi 70,73 mEq/L (±33,75) e nos animais acometidos por úlceras do tipo IV (n=10) o valor médio foi 70,48 mEq/L (±21,37). Não foram encontrados casos diagnosticados com úlcera abomasal tipo I nos registros pesquisados, isso pode estar relacionado ao fato dessas úlceras possuírem, comumente, um curso clínico inaparente, principalmente quando não estão associadas à outras enfermidades. Os valores elevados dos teores de cloretos no fluido ruminal dos animais com úlceras de abomaso do tipo III e IV refletem o quadro de hipomotilidade do trato gastrointestinal, em decorrência da peritonite presente nesses casos, focal ou difusa. Dessa forma a dosagem do teor de cloretos no fluido ruminal de animais com suspeita clínica de úlcera abomasal pode ser empregada como ferramenta auxiliar tanto para o diagnóstico, quanto para o estabelecimento de um prognóstico.                                                                                                                                                              

  • Palavras-chave
  • abomaso, bioquímica, clínica de ruminantes, lesão, sistema digestório
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