A principal razão para tamanha exploração da caprinocultura no semiárido se explica pela alta capacidade de adaptação desses pequenos ruminantes as condições climáticas semiáridas, e diversos tipos de manejo por parte dos criadores. Por essa razão, objetivou-se com a realização desta pesquisa avaliar os desempenhos produtivos e reprodutivos de genótipos caprinos leiteiros no semiárido. O experimento foi realizado na Estação Experimental Pendência, pertencente à EMEPA-PB, localizada no município de Soledade-PB. Foram analisados dados produtivos de 56 cabras da raça Anglo Nubiana e de mestiças Alpinas, em três estações de lactação. Para os índices reprodutivos foram analisados dados de 138 cabras das raças Anglo Nubiana e mestiças Alpinas, em seis estações de cobrição. Nas análises foram consideradas, como fontes de variação, o genótipo e época de parição (estação de parição). As fontes de variação, quando significativas, foram submetidas ao teste de média, através do Tukey. Para todas as análises estatísticas admitiu-se o nível de significância de 5% de probabilidade. O genótipo e a estação de parição influenciaram (P<0,05) na produção de leite, já para duração de lactação não se observou esse comportamento. A ordem de parto e as estações de parição não tiveram efeito (P>0,05) sobre a produção de leite e a duração de lactação. A correlação entre a produção total e parcial foi positiva e significativa (P<0,05). As estações de parição e os genótipos afetaram a eficiência reprodutiva. Tanto o desempenho produtivo quanto o reprodutivo foram considerados satisfatórios para um sistema de produção de leite caprino para o semiárido.
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