Ocorrência de mastite subclínica detectada pelo California Mastitis Test em duas propriedades especializadas em produção de leite, no estado de Alagoas, Brasil

  • Autor
  • Chiara Rodrigues de Amorim Lopes
  • Co-autores
  • Rafaelle Santos Santana , Angelina Bossi Fraga
  • Resumo
  • A mastite subclínica, inflamação do úbere, detectada pela elevação da contagem de células somáticas (CCS), está presente em boa parte dos rebanhos leiteiros, causando grandes prejuízos aos produtores, principalmente devido à redução na produção de leite e aos gastos com medicamentos. O California Mastitis Test (CMT) é um dos testes mais populares e práticos para estimar a CCS, a partir da classificação da reação do teste nos escores 1: indica uma reação completamente negativa (sem presença de reação entre o reagente e o leite); 2: reação suspeita (traços); 3: reação fracamente positiva (+); 4: reação positiva (++) e; 5: reação fortemente positiva (+++), que equivalem a 100, 300, 900, 2700 e 8100 (x 1000 células/mL), respectivamente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a frequência da mastite subclínica de acordo com a composição genética predominante das vacas, em duas propriedades leiteiras (1/2 Gir-Holandês – propriedade A; 3/4 e 7/8 Gir-Holandês – propriedade B), de mesmo manejo zootécnico, integrantes da bacia leiteira do estado de Alagoas (Monteirópolis e Major Isidoro) e com a época do ano (chuvosa: de maio a agosto ; seca: de setembro a dezembro). Os dados foram obtidos a partir dos testes CMT mensais, realizados no período de maio a dezembro de 2017, totalizando 4.827 observações. Para as análises estatísticas, realizadas mediante o teste do qui-quadrado, vacas que apresentaram escores 3, 4 e 5 em um dos quartos mamários foram consideradas positivas para a mastite subclínica, enquanto que aquelas que apresentaram escore 1 e 2 foram consideradas negativas. A propriedade A, com predominância de vacas ½ Gir-Holandês, foi a mais afetada por ocorrências de mastite subclínica (p<0,01), com 66% dos casos avaliados (1363/2057) versus 48% (1337/2770) dos casos avaliados na propriedade B, com vacas predominantemente ¾ e 7/8 Gir-Holandês. A frequência da mastite subclínica não apresentou associação com a época do ano (p > 0,05), ocorrendo em 56% dos casos avaliados, tanto na época seca (1290/2301) quanto na época chuvosa (1410/2526). Desta feita, podemos concluir que os animais 1/2 Gir-Holandês apresentaram uma maior frequência de mastite subclínica e que, para o rebanho estudado, a época do ano não influenciou a ocorrência dessa patologia. 

  • Palavras-chave
  • CMT, contagem de células somáticas, gado leiteiro, ordenha, raças
  • Área Temática
  • Produção Animal
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