Onfaloflebite por Escherichia coli em um bezerro: achados de necropsia

  • Autor
  • Hellen Caroline de Oliveira MENEZES
  • Co-autores
  • Rute Menezes dos SANTOS , Caíque Ribeiro Alves da SILVA , Ramon de Andrade COELHO , Allan Andrade REZENDE , Rachel Livingstone Felizola Soares de ANDRADE
  • Resumo
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    O objetivo deste trabalho é relatar os achados anatomopatológicos observados no exame necroscópico de um bezerro com onfaloflebite por Escherichia coli. O tratador relatou que o animal, bovino, da raça Nelore, de 1 mês de vida, apresentou dificuldade de locomoção, movimento de pedalagem, apatia, inapetência e fraqueza, vindo a óbito três dias após os primeiros sinais clínicos. Na necropsia, foram observadas na avaliação externa, mucosas aparentes pálidas, endoftalmia moderada e espessamento firme do canal umbilical, com secreção necrosupurativa e odor fétido. Na cavidade abdominal observou-se aderência do fígado ao diafragma, além de múltiplas lesões puntiformes de coloração amarelada e aspecto grumoso, que se estendiam da superfície capsular e adentravam o parênquima hepático no lobo esquerdo. Foi evidenciado espessamento da parede umbilical de consistência firme, que ao corte apresentava lesão necrótica da porção inicial do umbigo, e formação de múltiplos trombos aderidos no trajeto da veia umbilical para o fígado. Havia também presença de úlceras multifocais na mucosa do retículo e múiltiplas áreas de hiperemia no abomaso. No exame da cavidade torácica, os pulmões encontravam-se inflados, apresentando consolidação dorso-caudal de coloração pálida e áreas multifocais de atelectasia. Os achados macroscópicos são compatíveis onfaloflebite tromboembólica septicêmica. Foram coletadas amostras biológicas para avaliação laboratorial. Na cultura microbiológica da lesão umbilical e hepática evidenciou-se infecção por E. coli, em ambas as amostras. Os resultados sugerem uma má cura do cordão umbilical ao nascimento e consequente infecção bacteriana ambiental, levando o animal ao óbito. A formação de microabcessos hepáticos e formação de trombos na veia umbilical, associado ao resultado de cultura bacteriana permitiram a conclusão diagnóstica. Medidas de controle e prevenção desta enfermidade por meio de manejo higiênico-sanitário e cura adequada do umbigo com iodo após o nascimento são necessárias para minimizar perdas econômicas em rebanhos bovinos.

     

  • Palavras-chave
  • Neonatos, veia umbilical, ruminantes, septicemia.
  • Área Temática
  • Patologia
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