Jupi é um município brasileiro situado no Agreste Meridional do estado de Pernambuco. Compreende cerca de 13.705 habitantes e a agricultura familiar é a principal forma de produção, seguida da produção animal, sendo a bovinocultura a principal cultura animal. A Febre Aftosa é uma doença viral, pertencente a família Picoronaviridae, de propagação mundial, bastante contagiosa, de evolução agúda, que afeta naturalmente os animais biungulados selvagens e domésticos como os bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. É considerada uma zoonose, o homem raramente se infecta e é um hospedeiro acidental. Representa uma significativa ameaça por abalar a saúde e o bem-estar dos animais, reduzindo a produtividade dos mesmos, diminuindo a disponibilidade de alimentos protéicos para a população humana, sendo a vacinação essencial para a fase inicial de erradicação da enfermidade. Entretanto, algumas vezes as vacinas podem ocasionar reações indesejáveis, onde o edema ou nódulo formado no local de aplicação da vacina é o mais comum. Como existe uma resistência dos pequenos produtores de Jupi-PE em vacinar os animais e também relatos da população local da compra e do descarte das vacinas sem seu uso correto, este trabalho teve como objetivo promover conscientização dos mesmos sobre a importância da vacinação para Febre Aftosa no rebanho, para que fosse possível fazer a vacinação, e as consequências trazidas pela não vacinação. O trabalho de extensão foi feito com os pequenos produtores do município de Jupi-PE, pela equipe de médicos veterinários e alunos de medicina veterinária do Centro Universitário Maurício de Nassau, onde foram realizadas visitas técnicas e palestras em 4 comunidades locais e na sede municipal, onde foi abordado a necessidade da vacinação do rebanho bovino visando melhorar a qualidade dos produtos e a renda dos mesmos, usando como metodologia a técnica da entrevista não estruturada, além de questionários, pequenas palestras e dinâmicas, com a intenção de mostrar os grandes impactos causados mundialmente e a capacidade das grandes perdas econômicas que podem acometer não só um conjunto de produtores de uma região, mas também a nível nacional e internacional, e principalmente, mostrar a todos que a vacinação tem que ser feita e que existem formas de se vacinar sem que ocorram formações nodulares no couro dos animais, evitando assim, a sua depreciação, que é o principal motivo da grande resistência dos produtores em vacinar os animais contra o vírus da Febre Aftosa. O trabalho continua em fase de ajustes e levantamento dos dados. Seus objetivos continuam, pois se entende que a visão do homem do campo está ligada a costumes antigos e ao preconceito sobre o uso das vacinas e dos abcessos. Conclui-se com este trabalho, a extrema importância da vacinação dos animais para manter a saúde do rebanho e evitar grandes perdas econômicas nacionais e impactos nacionais e internacionais. A grande resistência a vacinação existe e deve-se fazer a fiscalização devido a compra das vacinas serem feitas, mas a ação da vacinação não.
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