Resposta ao tratamento de enfermidades podais em bovinos de corte terminados em grandes confinamentos

  • Autor
  • Layane Queiroz Magalhães
  • Co-autores
  • Lays de Jesus Cordeiro , Victor Sansoni da Mata , Anderson Lopes Baptista , Guilherme Talhari , Pollyana Rennó Campos Braga , Geison Morel Nogueira , João Paulo Elsen Saut
  • Resumo
  • O sistema de confinamento de bovinos de corte proporciona animais com melhor qualidade e acabamento de carcaça. No entanto, o confinamento traz alguns desafios sanitários como as doenças podais, sendo necessária a busca por alternativas de tratamento mais adaptadas a estes sistemas de produção, em relação a estrutura física, pessoal e manejo adotado. O objetivo do estudo prospectivo foi de avaliar a resposta ao tratamento da administração única subcutânea de gamitromicina, na dose de 6 mg/Kg em animais com enfermidades podais terminados em grandes confinamentos. O estudo foi realizado em dois grandes confinamentos no sudeste do Brasil, onde foram inseridos 100 bovinos, divididos em grupos controle e tratamento, em que os critérios de inclusão relativos ao sistema locomotor foram: claudicação com escore 3 ou 4 (1-5), lesão podal em apenas um dos membros e escore de lesão entre 3 e 5 (0-5). Durante todo o experimento os animais passaram por exame clínico diário e nos momentos M0, M7, M14 e M21 foram realizados exame físico geral e específico do sistema locomotor, considerando a localização da lesão, grau de claudicação e tipo e intensidade da lesão. No dia 0 (M0) também foi realizada a coleta de material para isolamento e caracterização dos micro-organismos. Os animais apresentaram mucosas, linfonodos, hidratação e comportamento normais para a espécie bovina em todos os momentos avaliados. Os grupos controle e tratamento ganharam, respectivamente, 6,57% e 8,0% do peso vivo, mas não houve diferença significativa (P>0,05) no ganho de peso diário entre os momentos de avaliação entre os grupos. Ao avaliar o local da lesão podal, a maioria das lesões estavam presentes nos membros pélvicos (97% - 97/100) e localizadas na unha lateral (79% - 79/97), acometendo mais de uma estrutura da unha em 57% dos casos, principalmente, nas regiões de muralha (45%), talão (46%) e borda coronária (51%). Essas lesões envolviam mais de uma região anatômica do casco em 70% (70/100) dos casos, demonstrando a característica de maior extensão das mesmas. Houve diferença (P<0,05) entre os grupos a partir do 14º dia pós-tratamento em relação ao escore de lesão podal e locomoção. Em relação ao escore de locomoção, os animais tratados reduziram de 3,6 ± 0,5 para 2,7 ± 0,8, reduzindo 0,9 pontos ou 25%, já os bovinos não-tratados pioraram o escore em 0,1 pontos ou 2,7%, de 3,6 ± 0,5 para 3,7 ± 0,5 pontos. Quanto ao escore de lesão podal (0–5), o grupo tratamento reduziu de 3,7 ± 0,5 para 2,2 ± 1,0, reduzindo 1,5 pontos de escore ou 40,5%, enquanto o grupo controle reduziu somente 0,3 pontos de escore ou 7,9%, de 3,8 ± 0,5 para 3,5 ± 0,7 pontos de escore. Concluiu-se que o uso de gamitromicina, em enfermidades podais de bovinos terminados em grandes confinamentos, melhora as condições de locomoção e da lesão podal após 14 dias do tratamento.

  • Palavras-chave
  • claudicação, gamitromicina, podologia
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