OS EFEITOS TERAPÊUTICOS DA FAMÍLIA ANACARDIACEAE NA DIABETES MELLITUS EXPERIMENTAL: UMA REVISÃO DE ESCOPO

  • Autor
  • Letícia Alves Borges e Pires
  • Co-autores
  • Cecília Paulino Cassiano da Silva , Karina Carla de Paula Medeiros , Karinna Veríssimo Meira Taveira
  • Resumo
  • Introdução: A diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica heterogênea que acomete grande parte da população mundial, com uma origem variada, mas principalmente caracterizada pela alteração na taxa de glicose plasmática mediante a resposta autoimune corporal, o que culmina na degeneração das células beta pancreáticas, caracterizando a diabetes mellitus tipo 1, ou pela responsividade aos receptores das células beta pancreáticas ao hormônio insulina, o que reflete na diabetes mellitus tipo 2. Diante dos elevados índices de morbidade e mortalidade relacionados a doença, bem como dos indesejados efeitos colaterais provocados pelos medicamentos, o número de estudos em busca de terapias alternativas para esta doença vem crescendo cada vez mais. Objetivos: Investigação qualitativa dos possíveis efeitos terapêuticos e farmacológicos das espécies de plantas que fazem parte da família Anacardiaceae na diabetes mellitus experimental. Critérios de elegibilidade: Foram incluídos estudos realizados com roedores (in vivo e ex vivo) em modelo experimental de diabetes mellitus utilizando espécies da família Anacardiaceae como alternativa de tratamento. Ao passo que foram excluídos estudos que envolvessem animais invertebrados, aves, anfíbios, répteis, peixes e mamíferos, que não pertencessem à ordem dos roedores; estudos que não envolvessem, simultaneamente, a família Anacardiaceae e a Diabetes Mellitus Experimental, ou estudos que usassem como tratamento apenas drogas sintéticas existentes no mercado e que não estivessem, ao menos, associados ao produto natural em questão. Metodologia: Esta revisão de escopo foi realizada usando combinações apropriadas e truncamentos de palavras selecionadas e adaptadas especificamente para cada banco de dados eletrônico, sendo estes: PubMed/MEDLINE, Scopus, Web of Science e EMBASE. A pesquisa bibliográfica adicional incluiu a web Google Acadêmico e o ProQuest, não havendo restrições de idioma ou de data de publicação. Resultados: Do total de 45 artigos avaliados, observou-se que o ano de 2004 foi o primeiro momento em que houve relação da família Anacardiaceae e a Diabetes Mellitus experimental, onde 33% desses artigos ocorreram nos últimos 10 anos. 74% dos artigos utilizaram a linhagem de ratos Wistar sendo, prioritariamente, machos. Foi observado que para a indução da Diabetes Mellitus experimental, 60% dos estudos fizeram o uso da estreptozotocina. Algumas espécies como a Anacardium occidentale (caju), Semecarpus anacardium (caju-da-índia) e Mangifera indica (mangueira) prevaleceram nos estudos, e em 76% dos artigos avaliados, os extratos naturais das espécies de plantas pertencentes à família Anacardiaceae apresentaram atividades anti-hiperglicemiantes. As avaliações histológicas foram realizadas em 42% dos artigos e 89% deles efetuaram as pesquisas bioquímicas. Conclusão: A família Anacardiaceae possui algumas espécies de plantas com características medicinais, como as anti-hiperglicemiantes, demonstradas em 76% dos extratos das espécies avaliadas nesta revisão, demonstrando seu grande potencial como terapia alternativa, de baixo custo e de fácil acesso no tratamento da Diabetes Mellitus experimental, por ser um produto encontrado na natureza. Desta forma, esta revisão sumarizou os efeitos terapêuticos proporcionados pelas espécies de plantas pertencentes à família Anacardiaceae classificando-a como uma fonte significativa para a fitoterapia.

  • Palavras-chave
  • Anacardiaceae, Diabetes mellitus experimental, Estreptozotocina, Aloxano
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Histologia
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