Introdução: Vindo do grego significando “dar forma à pele”, a Taxidermia é uma técnica antiga de preservação e montagem de peles animais aplicável a diversos fins, como pesquisa, exposição artístico-científica e a confecção de roupas feitas com couro de animais. Essa prática remonta do Antigo Egito, tendo como sua precursora a embalsamação. Até o século XVIII o termo taxidermia não havia ainda sido usado, mas em 1803 o ornitólogo francês Charles Dufresne batizou a prática da preservação de animais com o termo que é aplicado até os dias atuais, utilizando pela primeira vez em seu livro intitulado “Nouveau Dictionnaire d’Histoire Naturelle”. A taxidermia moderna, com uso de materiais e métodos utilizados nos laboratórios atuais, deve-se ao naturalista Carl Akeley, responsável pela nova forma de realização da técnica e a apresentação das peças. Objetivo: O objetivo deste trabalho é a popularização e divulgação do trabalho de taxidermia realizado no Museu de Ciências Morfológicas (MCM), por meio da preparação de peças de acervo para exposição. Relato do(s) caso(s): A taxidermia realizada fez parte do componente “Morfologia em Museus: reflexões e prática”, no qual a atividade final se deu com a confecção de uma peça taxidermizada, neste relato uma Iguana-verde (Iguana iguana), seguido da documentação em forma de relatório. A primeira etapa, a dissecação, ocorreu com uso de bisturi e pinças, havendo a retiradas das vísceras, ossos, com exceção dos antebraços e pernas, além do crânio e a porção final da cauda. Após a retirada, a pele é limpa internamente com uso de formol diluído a 10% e é aplicado ácido bórico, para que a peça seja higienizada e livre de microrganismos que possam vir a gerar prejuízos futuros. Por fim é posto uma estrutura feita com arame galvanizado que servirá de esqueleto para sustentar a peça e há o preenchimento da mesma com enchimento utilizado popularmente em estofados. A peça é costurada utilizando linha de nylon e finalizada com aplicações de formol nas partes moles restantes, bem como a postura de olhos de boneca para compor o rosto do animal então taxidermizado. Antes da exposição a peça é posta no sol até que haja o enrijecimento da pele. Considerações finais: A peça produzida se trata de uma iguana verde, de aproximadamente 70 cm de comprimento total, da ponta do focinho até a ponta da cauda, que está decepada devido a fragilidade decorrente do tempo que o animal ficou em congelamento prévio, encontrando-se em posição quadrúpede e tendo por coloração de olhos escolhida o vermelho. Quanto às escamas, com o passar do tempo, houve a perda de tonalidade verde forte característica e ficando em tom de cinza. Por fim, conclui-se que a taxidermia serve como excelente ferramenta artístico-científica para confecção de peças de acervo museológico, promovendo a conservação da pele e destinação útil de carcaças de animais mortos, agregando valor acadêmico ao que se é produzido. Descritores: Anatomia; Museu; Taxidermia.
Apoio: Museu de Ciências Morfológicas
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IV FONAPAM
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