EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO EM PACIENTES ADULTOS COM HIPERTENSÃO PULMONAR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

  • Autor
  • Kethylen Heloisa Nascimento de Lima
  • Co-autores
  • Alice Gabriella da Silva Monteiro , Larissa da Silva França , Maria Beatriz de Macedo Oliveira , Joceline Cássia Ferezini de Sá
  • Resumo
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    Introdução: A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, o que eleva os níveis pressóricos na circulação pulmonar (PAPm) além de 20 mmHg. Com o aumento da resistência vascular pulmonar, há uma maior sobrecarga no ventrículo direito, com progressiva dilatação e disfunção, o que pode resultar em insuficiência ventricular direita. Os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no aumento da PAPm são variados; dessa forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a HAP em cinco subgrupos com mecanismos fisiopatológicos similares, apresentação clínica, características hemodinâmicas e abordagem terapêutica. A HAP é uma doença rara, sendo a incidência global estimada em cerca de 2 a 5 casos por cada milhão de adultos. De modo geral, as manifestações clínicas da HP incluem dispneia progressiva, fadiga crônica, tontura, fraqueza, angina, estase jugular, cianose, pré síncope e síncope. Essa sintomatologia resulta em intolerância ao exercício físico, afeta as atividades da vida diária e a qualidade de vida dos indivíduos. O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Hipertensão Pulmonar recomenda o exercício físico, preferencialmente supervisionado, como uma das estratégias utilizadas no tratamento da doença, adjuvante à terapia farmacológica. Objetivo: Analisar os possíveis efeitos do exercício físico em adultos com hipertensão arterial pulmonar. Método: O estudo consiste em uma revisão integrativa, cujo os artigos foram extraídos da base de dados PubMed, através dos seguintes descritores: “pulmonary hypertension” e “exercise training”. Foi adotado como critério de inclusão artigos publicados nos últimos 5 anos, em inglês ou português, do tipo ensaio clínico controlado e randomizado e que atendiam ao objetivo desta pesquisa. No total foram encontrados 60 resultados, dos quais foram selecionados 12 por leitura de títulos e reduzidos a 5 por leitura de resumos. Resultados: O exercício físico, sobretudo aeróbico, em intensidade leve a moderada, está associado a melhorias significativas na complacência arterial pulmonar, débito cardíaco, resistência vascular pulmonar, função do ventrículo direito e consumo máximo de oxigênio (VO2máx) no pico do exercício. Concomitantemente, o exercício físico melhorou significativamente a capacidade funcional, aspectos psicológicos e qualidade de vida relacionada à saúde. Apenas um estudo analisou os efeitos do exercício aeróbico em intensidade vigorosa e foi observado uma diminuição na pós-carga ventricular esquerda após o treinamento; portanto, o exercício vigoroso pode desempenhar um papel na preservação da função diastólica do ventrículo esquerdo que, assim como no ventrículo direito, tende a diminuir com a progressão da doença. Todavia, são necessários mais estudos para comprovar a segurança do exercício em intensidade vigorosa para essa população. Conclusão: O exercício físico, em intensidade leve a moderada, adjunto ao tratamento medicamentoso, gera efeitos notadamente benéficos em pacientes adultos com hipertensão pulmonar clinicamente estáveis e deve ser realizado idealmente de modo supervisionado. 

  • Palavras-chave
  • Anatomia, Hipertensão pulmonar, Exercício físico.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Anatomia
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