INTRODUÇÃO: A ginecomastia é a doença mais comum da mama masculina, definida como proliferação benigna do tecido glandular. Apesar do câncer de mama ser raro em homens (aproximadamente 1% de todos os cânceres de mama), o diagnóstico diferencial entre ginecomastia e câncer de mama no homem representa o principal objetivo clínico. OBJETIVO: Verificar a importância da ultrassonografia na avaliação de pacientes do sexo masculino com ginecomastia para a diferenciá-la de carcinoma. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados SciELO, PubMed, EBSCO. Para tal utilizou-se os descritores: Câncer de Mama. Homens. Ultrassonografia Mamária. Ginecomastia. Sendo resgatados 9 artigos dos últimos 14 anos. RESULTADO: A ultrassonografia é o exame complementar de escolha para homens com 30 anos ou menos de idade ou que não puderem realizar mamografia, que se apresentem com queixa de dor e/ou nodulação mamária. A ginecomastia se manifesta principalmente em quatro padrões à ultrassonografia: nodular, pouco definida, em formato de chama e “não-massa”. O padrão nodular consiste em área hipoecoica redonda ou oval, na região retroareolar, cercada por tecido adiposo normal. A ginecomastia é considerada pouco definida quando há uma vaga área hipoecoica na região retroareolar. O padrão em formato de chama ocorre quando há uma área hipoecoica subareolar com borda posterior anecoica em formato de estrela, com projeções. O padrão “não-massa” é descrito como o aumento acima de 1,0 cm do diâmetro ântero-posterior do tecido abaixo do mamilo, com áreas isoecoicas, hipoecóicas e hiperecoicas. Os achados ultrassonográficos mais associados com malignidade são massa excêntrica ao mamilo, formato irregular, halo ecogênico, vascularização interna predominante e forte sinal ao color Doppler. CONCLUSÃO: A ultrassonografia é de grande auxílio para a diferenciação entre ginecomastia e outras massas, sendo que os achados sugestivos de malignidade são indicativos de confirmação diagnóstica com biópsia da lesão.
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