NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA PRÉ-ESCOLA, RELAÇÕES DE AFETIVIDADE ENTRE PROFESORA E CRIANÇAS: UM OLHAR PARA CONTRIBUIÇÕES DE WALLON
Autora: Esmênia Soares Barreto – esmenia11@hotmail.com – UEPB.
Co-autora: Dra. Glória Maria Leitão de Souza Melo – profgmls@hotmail.com – UEPB.
1. OBJETO DE ESTUDO: Este estudo tem o propósito de estimular reflexões, a partir de contribuições da teoria de Henry Wallon, acerca das relações de afetividade desenvolvidas entre professora e crianças da Educação Infantil, mais especificamente da pré-escola. Para tanto, partiu-se de uma análise dos conceitos fundamentais e princípios gerais desta teoria. Wallon atribui ao professor à função de mediar o acesso às relações de afetividade que influenciam o processo de ensino-aprendizagem do aluno, e de cultivar aptidões compatíveis com as necessidades sociais, de forma que o ensino por ele ministrado venha estabelecer essas relações.
2. OBJETIVO GERAL: Investigar relações de afetividade entre professora e crianças de uma pré-escola, à luz de contribuições da teoria de Henri Wallon. Discutindo a influência das relações afetivas para o processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, e para otimização das práticas pedagógicas na educação infantil. A partir de estudos realizados por Wallon e de observações à práticas pedagógicas na pré-escola, identificar a integração entre as dimensões motora, afetiva e cognitiva na fase do Personalismo (03 a 06 anos de idade).
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Nadel-Brulfert (1986), no conjunto da obra de Wallon, aparecem três grandes categorias de distinções entre tipos de meios: a primeira, refere-se ao tipo de intercâmbio entre os meios físico-químico, biológico e social; a segunda, específica da espécie humana, e complementar à primeira, indica a superposição do meio social ao meio físico; a terceira, refere-se a dois tipos de meios: meio físico, espacial e temporalmente determinado, que é o das reações sensório-motoras, dos objetivo atuais, da inteligência das situações e meio fundado sobre a representação, no qual as situações são simbólicas e implicam a utilização de conceitos. Uma das contribuições centrais da teoria de Wallon está em dispor de uma conceituação diferencial sobre emoção, sentimentos e paixão, incluindo todas essas manifestações como um desdobramento de um domínio funcional mais abrangente: a afetividade, sem, contudo, reduzi-los uns aos outros.
De acordo com Wallon (1968), a afetividade tem importante papel nos seguintes estágios: 1º estágio — impulsivo-emocional (0 a 1 ano); 2º estágio — sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos); 3º estágio — personalismo (3 a 6 anos); 4º estágio — o categorial (6 a 11 anos) e o 5º estágio — puberdade e adolescência (11 anos em diante).
4. METODOLOGIA
O estudo caracteriza-se como de natureza qualitativa, e pesquisa do tipo bibliográfica. Sua realização deu-se durante o cumprimento do Componente Curricular Psicologia Educacional II, no curso de Pedagogia da UEPB. Como instrumento de coleta de dados, fizemos uso de questionário, aplicado a professora e a crianças na faixa etária de 5 a 6 anos (fase do personalismo). Além do questionário, desenhos realizados por essas crianças foram alvo das nossas discussões. O campo de nossa investigação foi uma escola da rede municipal de ensino, localizada no bairro Centenário na cidade de Campina Grande - PB.
5. RESULTADOS
À luz da Teoria de Henri Wallon, podemos perceber, através de interações realizadas numa sala de aula da pré-escola, com a professora e crianças, que se encontravam na fase do Personalismo (5 a 6 anos), a importância da relação entre esses sujeitos. Como o professor se relaciona com o aluno reflete nas relações do aluno com o conhecimento e nas relações aluno-aluno, onde o desenvolvimento da criança é influenciado pelo adulto podendo auxilia-lo positivamente ou mesmo prejudica-lo de acordo com suas atitudes. A professora, ao ser entrevistada comentou que coloca limites e repreende-os quando necessário. Falou de um aluno que veio transferido de outra escola por ser rebelde e indisciplinado, ela o acolheu dando uma responsabilidade do mesmo trazer um filme de desenho animado toda aula, para todos os coleguinhas assistirem juntos, o mesmo se sentiu valorizado, prestigiado, amado e feliz pela atenção recebida mudando de comportamento, inclusive em casa, os pais agradeceram a professora pela mudança do filho. A professora ainda falou sobre seu amor, cuidado e responsabilidade dispensados às crianças. Com as crianças foi aplicado à técnica do desenho, onde elas expressaram seus sentimentos e emoções, observando a integração entre as dimensões motora, afetiva e cognitiva com o desenho de carinhas de felicidade e alegria. No grupo de crianças, havia dois alunos autistas que expressaram seus sentimentos de alegria desenhando uma casa e seus familiares, expressando também a satisfação de viver feliz em família.
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1. Objeto de estudo
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