A IDENTIDADE DOCENTE NO DIVERSO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
MANOELA DA SILVA BRITO
CFP/UFCG
O presente trabalho aborda sobre a identidade docente na Educação Infantil (EI) com o objetivo de discutir a importância da formação da identidade dos docentes que atuam nas salas de aula nesse nível de ensino em meio a atual diversidade estudantil. A metodologia da pesquisa se deu através de estudos bibliográficos aportados nos autores: Ibernóm (2006), Azevedo (2013) e na Constituição Federal (BRASIL) (1998). Várias instituições no Brasil estão passando por transformações, dentre elas, os espaços escolares sofre mudanças em seus diversos âmbitos a cada dia, a EI, como um desses, não se difere. A EI, a primeira etapa da educação básica, se modifica constantemente desde a sua concepção às práxis pedagógicas e a formação dos profissionais que atuam nessa etapa da educação básica. Com alterações significativas nos documentos oficiais brasileiros, esta passa a ter outras concepções em nosso país, as crianças tornaram-se sujeitos incluam de direitos e o profissional docente que trabalha na EI não pode ser um profissional qualquer como antes, que para lecionar necessitava apenas ser dócil, paciente e gostar de crianças. Este deve ser um(a) pedagogo(a) no qual é capacitado para mediar o desenvolvimento dos alunos dessa etapa de forma integral. Com isso, surge, então, a necessidade de aperfeiçoamento na formação dos docentes, com o intuito de que o profissional esteja inteirado para modificar seus métodos educacionais sempre que necessário, com um currículo flexível, desenvolvendo atividades que os diferentes contextos da diversidade que se encontra em sala de aula. A formação dos docentes que atuam na EI sempre foi menos assessorada nos cursos de formação de professores, deixando esses profissionais com uma responsabilidade individual pela sua formação. Suas histórias profissionais são na maioria das vezes adquiridas através de esforço próprio, bem como de todo o conhecimento adquirido no decorrer da sua escolarização. De acordo com Azevedo (2013),
[...] nos cursos de formação de professores tanto em nível médio quanto de nível superior, são enfatizados conhecimentos relativos à atuação profissional no Ensino Fundamental, conferindo menor importância aos aspectos relativos à Educação Infantil. Quando há referência a essa área, a ênfase é dada para a atuação com as crianças de 4 a 5 anos, desconsiderando geralmente as de até 3 anos. (p.75)
Essa precariedade está ligada a origem da EI que foi voltada a princípio, para a classe social mais popular, como instituição assistencialista sendo admitidos profissionais sem qualificação para atuar na área. No atual cenário educacional no qual as crianças são sujeitos de direitos e que a diversidade dos estudantes toma conta de todos os âmbitos, a EI é a base de todo o processo de construção de conhecimento, com isso, a formação profissional do docente não pode ser limitada, deve-se buscar a todo instante propostas de ações educativas que incluam todos os tipos de estudantes, e assim, o docente deve exercer uma prática reflexiva na sua atuação. O desenvolvimento integral das crianças de 0 a 5 anos requer métodos lúdicos e flexíveis que contribuam com a construção da identidade e a autonomia da mesma. A mediação docente tem papel fundamental nessa construção, sendo através dela construídos os conceitos que irão nortear a vida desses indivíduos. O professor tem que ter a clareza que em sala de aula ele consegue estimular situações de ensino-aprendizagem através dos seus métodos pedagógicos e instigar cada estudante. Para tanto deve ter consciência que cada criança possui uma característica diferente, uma individualidade particular. E é essa visão que torna seus métodos de ensino flexíveis, pautado no respeito, tendo-se em vista a modificação do cenário atual da EI que traz o cuidar de forma concomitante ao educar. Todos os cidadãos têm direito a uma educação de qualidade segundo a Constituição Federal (BRASIL, 1998), porém, em alguns momentos nos deparamos com barreiras para o conhecimento, criadas pelo preconceito que infelizmente vive em nossa sociedade, onde existem pessoas com falhas na sua construção de humanidade refletindo cotidianamente no desenvolvimento de nossas crianças. A diversidade é um campo que possui várias vertentes: gênero, sexualidade, classe social, étnico-racial e muitas outras, na qual, cada uma se caracteriza de forma peculiar. Por vezes, quando o docente vai trabalhar a diversidade em sala de aula encontra empecilhos ao tentar realizar seu trabalho, advindos por parte da escola e/ou pelos próprios colegas de trabalho. Acreditamos que uma dessas dificuldades se dão por termos ainda uma visão de EI voltada apenas para o cuidar. Diante da realidade social atual é necessário ver a EI como uma etapa significativa, senão a principal das etapas da educação básica. No sentindo que, somente assim, possamos estruturar políticas públicas que visem todos os campos da diversidade na EI. Estudante em fase de desenvolvimento integral, que são orientados por docentes que priorizam uma educação humanizada tem uma visão de mundo ampliada, respeitando a diversidade com todas as suas particularidades. Nessa perspectiva, o docente, como nos afirma Imbernóm (2006), deve ter uma flexibilidade ao planejar suas aulas para que facilitem a aprendizagem atraindo cooperação e participação dos estudantes. O docente cria uma relação professor/aluno na qual, ambos compartilham conhecimentos, respaldando a importância da bagagem cultural que cada um adquire fora do ambiente escolar. Diante do exposto, concluímos que uma formação docente pautada na reflexão acerca da diversidade existente na EI favorece uma prática significativa do processo de ensino-aprendizagem, abrangendo desde a formação pessoal à profissional, priorizando um olhar crítico durante as atividades desempenhadas.
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IV Seminário EI
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