O presente trabalho é resultado da experiência vivenciada durante o Estágio em Educação Infantil na Unidade Acadêmica de Educação Infantil na Universidade Federal de Campina Grande. Tem como objetivo refletir sobre a importância da experiência no contexto coletivo de Educação Infantil, em concomitância ao período, enquanto aluna graduanda do Curso de Pedagogia. A experiência ocorreu em um grupo de crianças entre três e quatro anos de idade da referida instituição. Consideramos que ter a experiência com as crianças num contexto coletivo de Educação Infantil, nos deu subsídios para compreender de modo dialógico a relação teoria e prática. Esta articulação, nos fez problematizar a dimensão da ação pedagógica, no que tange a visualização das necessidades, especificidades, predileções, limitações e vivências das crianças. Para as nossas reflexões nos baseamos em Libâneo (2008), Freire (2001), Brasil (2010) entre outros autores que nos auxiliaram a olhar de modo crítico o cotidiano na sala de referencia do grupo. De acordo com Freire (2001) a “prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer”.
Diante dessa clareza, a prática pedagógica precisa atentar para as escolhas éticas, decisões políticas, bem como as ações práticas e sua intencionalidade, esta por sua vez, não implica na formatação dos sujeitos, mas estas contribuam para que os sujeitos do processo educativo possam agir no mundo, descobrir e viver no contexto da Educação Infantil suas infâncias (BRASIL, 2009). O estágio em Educação Infantil nos proporcionou aprofundar nossa concepção de criança, infância e da própria educação infantil na prática apoiadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (2009) quando legitima a criança como sujeitos históricos e de direitos, o que nos faz compreender que as crianças se constituem no processo e possui direito á práticas pedagógicas que estejam de acordo com suas especificidades.
No que tange ao planejamento pedagógico, observamos que eram elaborados de acordo com as observações feitas em sala e nos diversos contextos de circulação das crianças, explorando e respeitando ao máximo o interesse do grupo e suas necessidades do momento. Isso consolidou ainda mais o nosso olhar para com as crianças, pois a todo o momento elas nos demonstravam suas curiosidades e percepções, que necessariamente precisa ser estimulada. Com isso, percebemos que o professor deve ter clareza e compreender a necessidade de cada sujeito, bem como do grupo e intervir de maneira significativa. Discutimos também que essa maneira de planejar as vivências para o grupo, é de extrema importância por que ressalta o principal sujeito do processo: a criança. Um dos momentos que mais nos chamou a atenção eram as “Rodinhas de conversa”, a qual o protagonismo das crianças eram fortemente marcado pela escuta atenta, que dava voz às crianças, estimulava a interação, e a socialização, promovendo a ampliação de conhecimento e compreensão de si mesmo, do outro e do ambiente em que vivem. Diante disso, a BNCC (2016) afirma que, é na participação em conversas que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. Nessas circunstâncias, o que atraia a nossa atenção eram as trocas entre criança-criança, criança-professor, criança-estagiárias e essa interação intensa de descobertas, de dúvidas, de curiosidade, era o auge também para nós, enquanto observadoras. Concluímos que a experiência permitiu entender que a formação inicial atrelada á experiência em sala, junto ao professor orientador, bem como perceber que o planejamento das ações precisam partir da observação do interesse das crianças, é base para um trabalho docente reflexivo que respeite e promova experiências significativas de aprendizagem ás crianças. Acreditamos que esta experiência nos modificou, enquanto profissionais comprometidos eticamente com a Educação das crianças.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica Brasília. MEC, SEB, 2010. Disponível em http://ndi.ufsc.br/files/2012/02/Diretrizes-Curriculares-para-a-E-I.pdf
______. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC 2ª versão. Brasília, DF, 2016. Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil
______. Práticas cotidianas na Educação Infantil - Bases para a reflexão sobre as orientações curriculares, / Ministério Da Educação, Brasília 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
KULHMANN Jr. Moysés Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Editora Mediação, 1998
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 28ª EDIÇÃO. São Paulo: Cortez, 2008.
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