LIVROS PARA BEBÊS: QUAL A IMPORTÂNCIA DO LIVRO NA PRIMEIRA INFÂNCIA?
Vanila Alves da Silva-vanila76@hotmail.com/UFCG1
Lucidalva Teófilo dos Santos- nalvaateofilo2010@gmail.com/UFCG
Francisca de Assis Querino-frannunes86@hotmail.comUFCG
RESUMO:
Este trabalho tem por objetivo apresentar um recorte de uma pesquisa intitulada Os materiais pedagógicos na Educação e nos cuidados aos bebês nas creches públicas, desenvolvida em duas creches Públicas de Campina Grande-PB, no período letivo de 2017.2 e 2018.1 com a colaboração de uma professora coordenadora, uma aluna bolsista e seis alunas voluntárias do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de Campina Grande. Por meio dele, analisaremos a categoria de trabalho livros para bebês “enquanto expressão do pensamento humano” (PAIVA; CARVALHO, 2011, p.13), sobretudo por se configurar como um brinquedo capaz de propiciar prazer, encantamento e por possibilitar a construção de um canal de comunicação entre os bebês e as formas materiais que o circundam. Dessa maneira, para realização desta pesquisa, buscamos identificar a priori quais são os materiais pedagógicos disponíveis no berçário das duas creches pesquisadas. Em seguida, dividimos a realização das atividades em quatro momentos distintos: o primeiro foi destinado à apresentação do projeto e a seleção de literaturas disponíveis para nortear nosso trabalho; no segundo momento, realizamos estudos e discussões acerca da Educação Infantil e dos materiais pedagógicos utilizados na creche para os bebês; e por fim, realizamos três visitas em duas creches públicas do município para recolher dados. Nesse sentido, cada grupo ficou responsável por uma categoria de materiais pedagógicos. E o nosso grupo realizou a pesquisa objetivando conhecer a categoria Livros para bebês. Acerca dessa categoria, Barbosa (2014) afirma que durante muitos anos nossas crianças pequenas escutaram histórias de diferentes formas, “na beira do fogo, ao pé da cama, embaixo de uma árvore, deitadas na rede, todos os lugares eram considerados adequados para ouvir uma contação de histórias,” prevalecendo nesse momento a tradição oral. (BARBOSA, 2014). Mas, com o passar do tempo, com “a presença efetiva da escrita e com a produção de livros infantis, outras narrativas também começaram a ser introduzidas na vida dos pequenos. Permitindo que eles tivessem a possibilidade de escutar, tocar, olhar e imaginar,” (BARBOSA, 2014), favorecendo seu desenvolvimento, psicológico e afetivo. Muitos anos se passaram e segundo Parreiras (2012), a maioria das obras publicadas no mercado para bebês atualmente são livros e poucos são adequados pois trazem alguns riscos, tendo em vista que nesse momento os bebês usam de forma bastante intensa a oralidade, “isto é, põem as coisas na boca, chupam, mordem, babam, justamente porque a boca traz alimentos, bebidas, prazer, novidades de gostos e texturas.” Tratando-se, portanto, de um período de descoberta em que se torna primordial para a criança experimentar e vivenciar novas experiências (PARREIRAS, 2012, p. 105). Dessa forma, “o incentivo à produção de sons, à exploração de objetos, como mordedores, livros e chupetas, auxilia na própria aquisição da linguagem” (PARREIRAS, 2012, p. 105). Ainda segundo a autora, os livros destinados aos bebês precisam ser apropriados para não acarretarem em danos para as crianças. “Um livro para um bebê é um brinquedo: algo para ser manuseado, tocado, chupado, cheirado. Jogar para lá e para cá. Pegar de novo. Criar um laço com esse objeto cultural, ter intimidade com o cheiro e a forma do livro” (PARREIRAS, 2012, p. 105). Por isso, torna-se muito importante atentar para a qualidade material e estética desses livros, “mais que relacionar esses atos a um projeto de alfabetização precoce, de garantia de sucesso, precisamos compreendê-los como a inserção em uma prática sociocultural constituidora das subjetividades contemporâneas letradas e como possibilidades criativas de vida” (BARBOSA. 2014) que necessita ser valorizada e perpassada desde a primeira infância enquanto experiência e instrumento de arte e saber. Diante do exposto, buscamos em nossa pesquisa utilizar a observação e a entrevista semiestruturada como instrumentos de coleta de dados. E, por meio disso, constamos a presença de um acervo de livros para bebês definidos em 3 categorias: livros de capa dura, livros de pano e livros brinquedos. Dessa maneira, Catalogamos um acervo composto por 72 livros de capa dura, 14 livros de pano e 17 livros brinquedos com características de manuseio. E conseguimos perceber um ponto positivo, caracterizado pela existência desses livros nas instituições de Educação Infantil e um ponto negativo, tendo em vista que o acervo presente nas duas escolas ainda é muito reduzido, diante da importância desse tipo de material pedagógico para o desenvolvimento dos bebês.
Palavras-chave: bebês; livros; materiais pedagógicos.
Referências:
BARBOSA, Maria Carmem Silveira. A Leitura na creche: qual leitura?In: FARIA, Maria Lúcia Goulart de; VITA, Anastásia de(Orgs) . Formação de professores: série educação infantil em movimento. Campinas, SP: Autores Associados, 2014. p.vii.
PAIVA, Ana Paula; CARVALHO, Amanda Carla Minca Carvalho.Livro Brinquedo, Muito prazer. In: SOUZA, Renata Junqueira de; FEBA, Berta Lúcia Tangliari(Orgs). Leitura Literária na Escola: Reflexões e propostas na perspectiva do letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2001.p.13-48.
PARREIRA, Ninfa. Do Vente ao Colo, do som a Literatura: Livros para bebês e crianças. Belo Horizonte: RHJ, 2012, p. 238.
1.UFCG- Universidade Federal de Campina Grande
A publicação de resumos expandidos no evento observou as seguintes normas:
O resumo deve conter no máximo cinco mil caracteres (no Microsoft Word), sem espaços, incluindo títulos, autores e instituição à qual o trabalho está vinculado, exceto referências. Deverão constar no resumo expandido os seguintes elementos:
1. Objeto de estudo
2. Objetivo geral
3. Referencial teórico
4. Metodologia (explicitar fase de desenvolvimento da pesquisa)
5. Resultados
6. Referências
A formatação deve seguir as orientações abaixo indicadas:
Fonte Times New Roman, tamanho 12; citações em destaque e notas de rodapé, Espaçamento entre linhas: 1,0
Título do trabalho na mesa fonte e tamanho, em maiúsculas, negrito, com alinhamento centralizado;
Nomes completos do(s) autor(es), seguido e-mail e sigla do Programa/instituição a que está(ão) vinculado(s), na mesma letra e tamanho, sem negrito, com alinhamento à direita.
Subtítulos indicativo das seções alinhados à esquerda, com apenas a primeira inicial maiúscula, em negrito, alinhado à esquerda;
Alinhamento dos parágrafos justificado;
Agência ou instituição financiadora (quando houver), em nota de rodapé;
Página tamanho A4.
Margens superior e esquerda com 3,0 cm; inferior e direita 2,0 cm.
As referências bibliográficas e outros aspectos de organização científica do texto devem seguir, rigorosamente, as regras da ABNT.
Comissão Organizadora
IV Seminário EI
Comissão Científica
Rute P. A. de Araújo, Katia Patrício Benevides Campos, Fernanda de Lourdes Almeida Leal, Maria das Graças Oliveira, Niédja Maria Ferreira de Lima e José Luiz Ferreira
ivseminarioei@gmail.com