O CURRÍCULO DESENVOLVIDO/VIVIDO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DO CAMPO (EIC) E SUAS ESPECIFICIDADES
Edileide Ribeiro Pimentel
E-mail: profaedileide@bol.com.br
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Profa. Dra. Denise Maria de Carvalho Lopes
E-mail: denisemcl@terra.com.br
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Introdução: O currículo da EIC deve ser desenvolvido/vivido considerando os saberes, os modos de viver e as culturas infantis, do/no contexto do campo. Sarmento e Pinto (1997) explicam a concepção de infância como uma categoria social, pressupõe que, como crianças, sejam reconhecidas, como atores sociais de pleno direito, ainda que, com características específicas. O conceito de infância nas atuais diretrizes, dialogam com as atuais concepções sobre criança, sendo o ponto de partida para conceber a infância. As preocupações geradoras da pesquisa, se deram a partir da escuta de relatos de professores, que atuavam na EIC, sobre suas dificuldades em desenvolver o currículo e a prática pedagógica, especialmente em lidar, com a diversidade dos agrupamentos multietários e do (re) conhecimento de especificidades do contexto do campo e dos sujeitos/crianças, e das práticas pedagógicas e os currículos. Se faz necessário saber qual a especificidade do currículo desenvolvido/vivido com crianças no contexto da educação infantil do campo? O objeto de estudo é o currículo vivido/desenvolvido na Educação Infantil do Campo numa turma multiidade em São Paulo do Potengi/RN. O objetivo geral é analisar especificidades próprias do currículo desenvolvido/vivido por crianças e professores no contexto da Educação Infantil do campo. Referencial teórico: Oliveira (2010) define currículo como "balizador de ações", Kramer (1997), como diretrizes práticas e aspectos técnicos que viabilizem sua concretização, Silva; Pasuch (2009) nas Diretrizes mostram as identidades, praticas e as possibilidades da pratica pedagógica, Oliveira (2009) retrata os significados da Educação Infantil para crianças rurais, Barbosa [et al.] (2012) revela a “oferta e demanda de educação infantil no campo” e Silva; Silva, Martins, [org.] (2013) mostram as Infâncias do campo, seus modos de viver e conceber, Barbosa (2012) mostrou a Educação da criança de 0 a 5 anos moradoras em áreas rurais, precisam considerar que elas crianças vivenciam suas infâncias imersas em seus grupos culturais e constroem, com adultos e outras crianças, sua autoestima e suas identidades pessoais e coletivas. Silva, Pasuch, Martins (2012) na “Infâncias do campo”, que é preciso partir dos modos de viver e conceber, as infâncias de crianças moradoras de vários territórios rurais do país. Leal; Pasuch (2013) abordam as Políticas, propostas e estudo para a superação de invisibilidade. As contribuições dos pesquisadores pontuados, dialogam com a Resolução Nº 2 de 28 de abril de 2008, com a Resolução Nº 17 de dezembro de 2009 que Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) e as Diretrizes Curricueas Nacional da Educação Basica (DCNEB) (2013) que tem fundamental importância, para pensar o currículo na e para a Educação Infantil, onde define quem são os povos do campo, fica claro a variedade dos campos no Brasil e a necessidade de pensar o currículo como um conjunto de experiências e práticas. Conforme Dantas (2016) se o currículo é considerado como conjunto de experiências vividas, planejadas e/ou não pelos adultos responsáveis por crianças nas instituições, mesmo quando não há um documento-registro de intenções e ações (proposta documentada), há a vida de relações, que se processam no cotidiano e que educam as crianças sistematicamente, pois o currículo vivo/vivido consiste em experiências concretas, em que são compartilhados significados e sentidos sobre o mundo e sobre si mesmas, e que vão sendo, com a força de ser “todo dia”, apropriados e recriados pelas crianças, mediante a mediação dos outros com quem interagem. Metodologia: Os aportes metodológicos nessa pesquisa, se alicerçam nos princípios da abordagem qualitativa, segundo os estudos de Bogdan; Biklen (1994) e Freitas (2002), bem como, os princípios da abordagem Histórico-cultural de Vygotsky para a pesquisa sobre processos humanos e as proposições do Dialogismo de M. Bakhtin, para a pesquisa em Ciências Humanas. Os procedimentos de construção dos dados, se deu através de uma observação participante com registro em diário de campo, uma entrevista semi-estruturada, com as duas professoras da turma da Educação Infantil e a análise em alguns documentos como: projetos, planos de trabalho, materiais didáticos de uso das crianças, livros e cadernos de planejamento. Para Laville; Dionne (1999) a observação revela-se certamente nosso privilegiado modo de contato com o mundo real, é observando que nos situamos, orientamos os nossos deslocamentos, reconhecemos as pessoas, emitimos juízos sobre elas. Quanto a entrevista, ela oferecem ao entrevistador uma amplitude de tema considerável, que lhes permitem levantar uma série de tópicos e oferecem aos sujeitos a oportunidade de moldar o seu conteúdo. (BOGDAN; BIKLEN 1994). Resultados: No decorrer das atividades desenvolvidas pelas professoras, algumas demonstram uma aproximação com algumas das especificidades próprias do contexto das crianças, sem vincular-se a uma visão romântica ou estereotipada da zonha rural. Esta pesquisa em desenvolvimento, nos aponta algumas caminhos de reflexão para compreender a especificidade da EIC, dos quais destacamos: o que é especificod do curricuo do cotnexot urbanao, como parâmetro para o currículo da zonha rural?, onde se distanciam e onde dialogam, sem se deixar levar pelos estereótipos? Tais questionamentos, podem constituir-se farol na busca das respostas à pergunta de partida.
Palaras-chave: Educação Infantil do campo, currículo, especificidades.
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