Introdução: A desnutrição em pacientes hospitalizados contribui para o aumento da morbidade, mortalidade e custos, especialmente nos indivíduos em estado de maior agravamento. Quando levada em consideração as alterações fisiológicas e anatômicas de indivíduos idosos, essas modificações na composição corporal tendem a afetar negativamente a evolução clínica, sendo a desnutrição energético-protéica (DPC) comum entre adultos, idosos e pessoas com doenças crônicas, tendo como causa a ingestão insuficiente de energia e proteína para atender às necessidades do corpo e consequentemente perda de peso e desperdício de músculos e reservas de gordura. Evidencia-se um fator imponente e comumente produzido, entre outras causas, pela própria doença do paciente e pelo consumo inadequado de nutrientes. Além disso, pode ser agravado pela falta de treinamento teórico e prático do profissional da unidade hospitalar em atenção nutricional. A idade avançada dos pacientes tem sido apontada como fator de risco associado à desnutrição e também ao aumento do tempo de internação devido ao atraso na recuperação do paciente. Ademais, em pacientes com desnutrição energética proteica verifica-se o aumento da taxa de reinternação prematura, afetando a independência do indivíduo e sua qualidade de vida. Logo, a identificação precoce de pacientes desnutridos e seu tratamento nutricional correto são essenciais para evitar os impactos nocivos da má nutrição e reduzir os custos dos cuidados. Objetivos: Observar os impactos da desnutrição no paciente idoso hospitalizado, suas maiores causas e a maior prevalência do estado nutricional nesse grupo estudado. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, utilizando-se de critérios de inclusão: artigos em língua portuguesa, espanhola e inglesa, publicados nos últimos cinco anos nas nas bases de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library) e PubMed (Service da National Library of Medicine). Para a busca dos artigos foram utilizados os descritores “Impactos”, “Desnutrição”, “Idosos hospitalizados” cruzados com o operador booleano “And”. Resultados: Um Estudo prospectivo realizado na cidade de Natal, RN, Brasil avaliou o estado nutricional de idosos durante 12 meses, em uma amostra de 320, a maioria chegou a apresentar uma grande prevalência de risco de desnutrição 118 (36,9%) e um alto índice de fragilidade 256 (80,0%). Foi possível observar que as causas mais expressivas para o quadro de desnutrição geriátrica hospitalar ter uma alta incidência é devido à inatividade física, dependência laboral e a patologias associadas a senilidade. A identificação precoce do estado nutritivo do idoso no momento de sua admissão na unidade de saúde é indispensável para o prognóstico nutritivo terapêutico e melhora da perspectiva do tempo de internação. Pacientes idosos em estado de desnutrição podem desenvolver complicações que impactam significativamente a hospitalização desde uma pneumonia a sepse, além de demora na cicatrização, bem como maior dependência de cuidados e tempo de internação por outros problemas. É de grande relevância a atuação integrada da equipe multidisciplinar para o cuidado no tratamento nutritivo de cada paciente, pois esse trabalho colaborativo e progressivo possibilita tanto a diminuição do tempo de permanência, como o índice de reinternação. Destaca-se tanto o trabalho médico, como de nutricionistas, fisioterapeutas e enfermeiros. Considerações finais: À luz dessas considerações, a desnutrição continua a ser um problema em pacientes hospitalizados, sobretudo idosos, o que produz nesse público aumento da morbimortalidade. Associado a isso observa-se doenças de base como hipertensão arterial, diabetes, insuficiência cardíaca que demandam uma assistência multidisciplinar. Destaca-se, portanto, a relevância da triagem nutricional na avaliação clínica inicial para o diagnóstico precoce da desnutrição e o cuidado interdisciplinar, objetivando diminuir os impactos sobre o paciente idoso.
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