BENEFÍCIOS DO USO DE FIBRAS DIETÉTICAS COMO TERAPÊUTICA ADICIONAL PARA GASTROENTEROPATIAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

  • Autor
  • Vitória Maria Xavier Araújo da Costa
  • Co-autores
  • Camila Mota Albino , José Amauri Ferreira da Silva Júnior , Cristhyane Costa de Aquino
  • Resumo
  • Introdução: Sabe-se bem que a dieta é um importante fator de estilo de vida a ponto de contribuir para o surgimento de disbioses em patologias como  obesidade, doenças inflamatórias como a Síndrome Metabólica (SM),  câncer, doenças autoimunes e também Doença Inflamatória Intestinal (DII) - complicação inflamatória crônica do trato gastrointestinal - Doença de Crohn (CD) e Colite Ulcerativa (CU). Além disso, a dieta ocidental moderna mudou nos últimos anos, ocorrendo aumento considerável da ingestão calórica e consumo cada vez menor de fibras solúveis e seus metabólitos os Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC) - produzidos pelas bactérias presentes no intestino que se alimentam das fibras não digeríveis pelo organismo humano, atuam nas células e modulam vias indispensáveis para o equilíbrio do organismo. O uso de fibras dietéticas é considerada uma estratégia eficaz da saúde humana devido ao papel modulador da microbiota existente no trato gastrointestinal por serem funcionais e pertencentes ao grupo de substâncias heterogêneas que não são digeridas nem absorvidas na parte superior do trato intestinal, chegando intactas ao cólon. Sob essa perspectiva, evidências sugerem como a dieta de padrão ocidental levou à ampla disseminação da DRGE (Doença do Refluxo Gastroesofágico) com prevalência de 18,1–27,8% (norte-americanos), 8,8–25,9% (Europa), 11,6% (Austrália), 23% (América do Sul), 2,5–7,8% (Ásia Oriental) e 8,7 – 33,1% (Oriente Médio). Ressaltando-se, portanto. A importância das recomendações feitas pela American Dietetic Association (ADA), a ingestão de fibra para adultos em 25-30 g/dia, ou 10-13 g. fibra para cada 1000 kcal consumidas, com uma razão insolúvel/solúvel de 3/15. Logo, o consumo diário de fibras alimentares em quantidades suficientes pode conferir benefícios à saúde humana. Objetivos: Analisar os benefícios das fibras dietéticas como terapêutica adicional em doenças gastrointestinais. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, utilizando-se de critérios de inclusão: artigos em língua portuguesa, espanhola e inglesa, publicados nos últimos dez anos, que apresentassem em sua discussão considerações a respeito do uso de fibras dietéticas e  terapêutica de gastroenteropatias, pesquisados nas bases de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library) e PubMed (Service da National Library of Medicine). Para a busca dos foram empregados os seguintes DeCS (Descritores em Ciências de Saúde): “Benefícios”, “Doenças Gastrointestinais”, “Fibras Dietéticas” cruzadas com o operador booleano “And”.  Após análise minuciosa, 12 artigos publicados nos últimos 10 anos foram estipulados para responder à questão norteadora. Resultados: Mudanças no consumo de fibras dietéticas proporcionam  alterações na composição da microbiota intestinal, apesar da dieta ser um determinante importante do microbioma colônico, o histórico genético de cada indivíduo e o meio  também exercem uma forte influência, logo devem ser levados em consideração. Isso se dá, pois em razão dessa relação hospedeiro-micróbio onde a microbiota extrai nutrientes da ingestão dietética não digerida, realiza a correção da barreira intestinal, protege o hospedeiro contra bactérias nocivas, produz vitaminas essenciais e modula o sistema imunológico Ademais, Rosalia Sanchez Almaraz et al.(2015) diferentes tipos de fibra podem ser úteis no tratamento de gastroenteropatias como constipação, diarreia, síndrome intestinal , colite irritável, colite ulcerativa em remissão ou síndromes no intestino. Pacientes com DCNTs também podem se beneficiar comendo principalmente fibras solúveis, pois se mostram como terapêutica adicional e preventiva de câncer de cólon e outros tumores. As fibras solúveis vão ocasionar esse impacto positivo no trato gastrointestinal pela influência no esvaziamento gástrico e na ação de subprodutos da fermentação que diminuem o pH do cólon  propiciando o estímulo à atividade de bactérias benéficas, isso se dá quando o consumo é regular e em quantidade suficiente para restauração da flora intestinal. Para Joanne Slavins (2013), essas fibras também desenvolvem um papel de prevenção de doenças pela diminuição da cascata inflamatória e consequentemente, melhora de sintomatologias. Conclusão/Considerações finais: Conclui-se, portanto, que a ingestão de fibras tem influência qualitativa e quantitativa na microbiota intestinal e esta se relaciona de maneira hábil com as alterações gastrointestinais. Assim, a fermentação das fibras solúveis pelas bactérias endógenas proporciona o estímulo no processo de crescimento de bactérias benéficas para a homeostase intestinal, por consequência há uma manutenção da integridade da barreira intestinal e auxílio na prevenção de doenças gastrointestinais. 
    Palavras-chave: Benefícios; Fibras Dietéticas; Doenças Gastrointestinais.

  • Palavras-chave
  • Benefícios; Fibras Dietéticas; Doenças Gastrointestinais
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Alimentos e Nutrição (Tecnologia dos alimentos, microbiologia dos alimentos e áreas afins)
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