TERAPIA NUTRICIONAL COM VITAMINAS ANTIOXIDANTES E O TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO ONCOLÓGICO

  • Autor
  • Benedita Rodrigues Ribeiro Pimentel
  • Co-autores
  • Yngrid Braga Sousa , Cristhyane Costa de Aquino
  • Resumo
  •  

    Introdução: O câncer é uma doença complexa e devastadora que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora a pesquisa científica tenha avançado significativamente na compreensão e tratamento do câncer, a prevenção ainda é uma estratégia fundamental para combater essa doença. As vitaminas antioxidantes têm sido objeto de estudo intensivo na pesquisa sobre a prevenção do câncer, devido ao seu potencial papel na proteção contra os danos causados pelos radicais livres, que são moléculas instáveis que podem danificar o DNA, proteínas e lipídios nas células, contribuindo para o desenvolvimento do câncer. Neste artigo, discutiremos o papel das vitaminas antioxidantes, como a vitamina C, vitamina E e beta-caroteno, na prevenção do câncer, com base em evidências científicas recentes. Serão explorados os mecanismos pelos quais as vitaminas antioxidantes podem influenciar a carcinogênese, bem como os estudos epidemiológicos e clínicos que têm investigado a associação entre o consumo de vitaminas antioxidantes e o risco de câncer. Além disso, serão apresentadas as recomendações atuais sobre o consumo de vitaminas antioxidantes e as perspectivas futuras nessa área de pesquisa promissora. Compreender o papel das vitaminas antioxidantes na prevenção do câncer é crucial para a promoção de estratégias eficazes de prevenção e saúde pública, com o objetivo de reduzir a carga global do câncer na sociedade. Objetivos: O objetivo do presente trabalho, foi analisar na literatura, a influência da suplementação de vitaminas antioxidantes no tratamento quimioterápico. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados Pub Med e LILACS. Foi utilizado os seguintes descritores de saúde: “Vitaminas Antioxidantes”, “Quimioterapia” e “Câncer”. Resultados: A vitamina C tem sido estudada em relação à sua capacidade de aumentar a eficácia da quimioterapia em diversos tipos de câncer, incluindo câncer de mama, câncer colorretal e câncer de pulmão. Estudos em animais mostraram que a vitamina C pode potencializar o efeito de algumas drogas quimioterápicas, aumentando a apoptose de células cancerígenas e reduzindo a toxicidade oxidativa em tecidos saudáveis. No entanto, os resultados de estudos clínicos em humanos são controversos, com alguns estudos mostrando benefícios e outros não evidenciando efeitos significativos. A vitamina E, por sua vez, tem sido estudada em relação à sua capacidade de reduzir a toxicidade oxidativa induzida pela quimioterapia. Estudos em animais têm mostrado que a vitamina E pode atenuar a toxicidade cardíaca de algumas drogas quimioterápicas, como a doxorrubicina, e reduzir os danos oxidativos em órgãos como o fígado e os rins. No entanto, assim como a vitamina C, os resultados de estudos clínicos em humanos são inconsistentes. O beta-caroteno, um precursor da vitamina A, também tem sido estudado em relação à quimioterapia. Alguns estudos em animais têm mostrado que o beta-caroteno pode aumentar a eficácia da quimioterapia em certos tipos de câncer, como o câncer de próstata, através de sua atividade antioxidante e propriedades imunomoduladoras. No entanto, estudos clínicos em humanos têm demonstrado resultados contraditórios e ainda são necessárias mais pesquisas para compreender seu verdadeiro papel na quimioterapia. Conclusão/Considerações finais: Em conclusão, as vitaminas antioxidantes têm sido objeto de muita discussão em relação à sua interação com a quimioterapia. Embora os estudos sejam variados e os resultados nem sempre sejam conclusivos, evidências indicam que altas doses de suplementos de vitaminas antioxidantes durante a quimioterapia podem ter efeitos adversos, como redução da eficácia do tratamento e aumento do risco de recidiva em certos tipos de câncer. Por outro lado, algumas evidências também sugerem que a suplementação moderada de vitaminas antioxidantes, em níveis adequados e sob supervisão médica, pode ser benéfica em alguns casos, ajudando a minimizar os efeitos colaterais da quimioterapia e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

    É importante ressaltar que a suplementação de vitaminas antioxidantes durante a quimioterapia deve ser feita com cautela e sempre sob a orientação de um profissional de saúde qualificado. É necessário considerar a dose, a duração e o tipo de vitamina antioxidante, bem como as características do paciente, como idade, tipo de câncer, estágio da doença e outros fatores de saúde. Além disso, é fundamental que os pacientes conversem com seus médicos sobre quaisquer suplementos que estejam tomando, incluindo vitaminas antioxidantes, para evitar potenciais interações medicamentosas indesejadas. Em resumo, embora as vitaminas antioxidantes tenham sido amplamente estudadas em relação à quimioterapia, ainda não há consenso definitivo sobre seu papel nesse contexto. Mais pesquisas são necessárias para compreender completamente os efeitos das vitaminas antioxidantes durante a quimioterapia e fornecer diretrizes claras para seu uso adequado. Portanto, é essencial que os pacientes consultem seus médicos antes de iniciar qualquer suplementação de vitaminas antioxidantes durante o tratamento de quimioterapia, a fim de garantir a segurança e a eficácia do tratamento do câncer.

     

  • Palavras-chave
  • Vitaminas antioxidantes, Quimioterapia, Câncer
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Nutrição Clínica
Voltar Download
  • Alimentação Coletiva
  • Alimentos e Nutrição (Tecnologia dos alimentos, microbiologia dos alimentos e áreas afins)
  • Saúde Coletiva
  • Nutrição Clínica
  • Nutrição Esportiva

Comissão Organizadora

Isadora Nogueira Vasconcelos
Camila Pinheiro Pereira
Alane Nogueira Bezerra
Roberta Freitas Celedonio
Thalita Rodrigues
Leonardo Furtado de Oliveira
Fábio Júnior Braga

Comissão Científica