Introdução: Esofagite eosinofílica (EE) é uma doença crônica inflamatória que acomete crianças, adultos e também
pode afetar idosos, levando dano a qualidade de vida. Seus sintomas no público infantil se caracterizam por: dor
abdominal, vômito, pirose (azia) e disfagia. Esse estudo busca demonstrar como a EE afeta a vida dos pacientes
pediátricos, não apenas observando os prejuízos físicos, mas também prejuízos na sua rotina, sociabilidade e
alimentação. Objetivos: Mostrar na literatura como a doença impacta a vida das crianças em todos os âmbitos.
Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizados através de pesquisas nas bases de dados
LILACS, MEDLINE e SciELO. Para a busca dos artigos foram utilizados os descritores “Esofagite Eosinofílica”,
“Crianças”, “Paciente Pediátricos”, e suas combinações na língua portuguesa, espanhola e inglesa. Foram
utilizados 5 artigos sobre o tema. Resultados: A esofagite eosinofílica (EE) é uma doença do trato gastrointestinal
(TGI) e por conta disso afeta todo o hábito alimentar de um indivíduo e também a eficácia da absorção de
nutrientes do mesmo. Foi observado que em pacientes com EE a prevalência a insuficiência de Vitamina D é maior,
acredita-se que seja por conta da dieta restrita, que é necessário para o tratamento da EE. Além disso, outro
aspecto prejudicado pela a doença é sobre a vida social das crianças com EE, por conta da sua rotina alimentar ser
diferente de outras crianças que não vivem com a doença. Foi relatado por seus cuidadores que, desde do
diagnóstico da EE, programas familiares simples não possui a mesma facilidade, pois essas crianças precisam de
uma comida preparada levando em conta a consistência para a melhor ingestão, tem um cuidado na mastigação
(em algumas crianças acontece de forma mais lenta) e também na respiração enquanto come, pois em alguns
pacientes o engasgo ocorre de forma mais frequente. O acompanhamento da doença é realizado através de
endoscopia e biopsias, entretanto, foi verificado que em crianças tem que se ter um cuidado especial com a anestesia
da endoscopia, pois ela pode afetar o cérebro que se encontra em desenvolvimento, então é de grande relevância
saber a idade do paciente e observar a frequência em que ele está sendo exposto a essa substancia. O tratamento é
realizado a partir do uso de inibidores de bomba de prótons (IBPs), que além de atuar como inibidor de secreções
ácidas, tem a função de anti-inflamatório, e uma das suas finalidades é auxiliar na restauração da mucosa; caso não
seja desejado o uso de IBPs, pode se optar por corticosteroides tópicos (como budesonida e a fluticasona) ou por uma dieta que restringe alimentos alergênicos (exemplo: leite de vaca e da soja); em paciente pediátricos, o
tratamento é feito por uma abordagem de longo prazo, já que a EE é uma doença crônica, tendo como objetivo
ofertar uma melhor qualidade de vida a criança, e, procurando a remissão da doença. Conclusão/Considerações
finais: Foi possível observar nos estudos utilizados como base para este trabalho, que a doença esofagite eosinofílica
causa danos em todos os âmbitos da vida dos pacientes. Nas crianças esses prejuízos são diversos, como dificuldade
alimentar (seja por desconforto na hora da alimentação ou por mudança nos seus hábitos alimentares), pode
provocar isolamento/distanciamento social, e no tratamento e acompanhamento da doença é necessário cuidado
específico por ser um público que ainda se encontra em processo de desenvolvimento/crescimento.
Comissão Organizadora
Isadora Nogueira Vasconcelos
Camila Pinheiro Pereira
Alane Nogueira Bezerra
Roberta Freitas Celedonio
Thalita Rodrigues
Leonardo Furtado de Oliveira
Fábio Júnior Braga
Comissão Científica