Consumo de ômega 3 no tratamento do câncer de mama: uma revisão bibliográfica

  • Autor
  • Antônio Cleiton Ferreira Braga
  • Co-autores
  • Ana Maria Morais Lacerda , Dávila Abreu de Lima Rodrigues , Cristhyane Costa de Aquino
  • Resumo
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    Introdução: Câncer é o nome dado ao conjunto de mais de 100 doenças, em que ocorre o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos. No mundo, essa é a segunda principal causa de óbitos, sendo responsável pela morte de 9,6 milhões de pessoas por ano. No ano de 2018, mais de 582.000 brasileiros tiveram diagnóstico de câncer, sendo o câncer de mama responsável por cerca de 59.700 casos no país atingindo em sua maioria as mulheres. A alimentação, quando insuficiente, pode colaborar para neoplasia maligna. Existem outras razões que instigam a formação de tumores, que são o tabagismo, a idade avançada, inatividade física, hereditariedade, alcoolismo, sobrepeso, obesidade e uma interação frequente com substâncias cancerígenas. O ômega 3 é um ácido graxo poli-insaturado, sintetizado pelas plantas e algumas algas, e que pode ser encontrado em peixes, sementes e óleos. Com isso, seu consumo se torna indispensável, pois este desempenha um importante papel na fisiologia humana e reparação da saúde, além de ser um potencial adjuvante nos processos inflamatórios. Há ampla evidência de estudos epidemiológicos in vitro em animais e humanos de que os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (PUFA) exibem atuação antitumoral contra o câncer de mama e têm competência de oferecer uma estratégia natural para a quimioprevenção do câncer de mama e reduzir o risco de repetição da doença. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do ômega-3 como terapia nutricional em mulheres com câncer de mama, investigando se a administração do ácido graxo é eficaz em pacientes oncológicos. Métodos: Foram realizadas pesquisas em bases de dados científicas como PubMed e ScienceDirect. Para a busca dos artigos foram utilizados os descritores “Neoplasias da mama”, “Ácido graxo omega 3”, e suas combinações na língua portuguesa e inglesa. Foram utilizados 5 artigos sobre o tema exposto. Resultados e Discussão: Estudos revelam que o padrão alimentar pró-inflamatório é um dos multi fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento de câncer. Os fatores pró-inflamatórios liberados pelo tumor pode aumentar o estresse oxidativo, e favorecer a caquexia e anorexia nesses pacientes. Como a mama é um órgão no qual as células epiteliais estão imersas no tecido adiposo, a interação entre adipócitos e células tumorais é facilitada, podendo aumentar a proliferação celular pela liberação de citocinas pró- inflamatórias. O consumo típico de ácido alfa-linolênico (grupo do ômega 3) entre adultos ocidentais está na faixa de 0,5-2 g/dia, o que é aproximadamente 25 vezes maior que o de DHA e EPA, respectivamente (96–100), porém, há uma ineficiência em converter o ácido alfa-linolênico em seus derivados de cadeia longa EPA e DHA, então, seria necessário um consumo bem maior de ácido alfa-linolênico para a produção adequada dos derivados de cadeia longa EPA e DHA. Assim como, uma ingestão aumentada do principal ácido graxo poli-insaturado nas dietas ocidentais, que é o ácido linoleico (Ômega 6), diminui as concentrações teciduais de EPA e DHA. Desse modo, a conversão limitada de ácido alfa-linolênico e o aumento do consumo de ácido linoleico, bem como as opções de métodos de cozimento, significam que níveis protetores de EPA e DHA no tecido mamário só podem ser alcançados por meio do consumo direto desses ácidos graxos poli-insaturados. Considerações finais: O consumo de ômega 3 se mostrou eficaz no tratamento e prevenção do câncer de mama, pela liberação de fatores anti-inflamatóros, atuando na redução da inflamação, visto que o consumo regular do mesmo foi capaz de promover redução da permeabilidade intestinal, e dos níveis inflamatórios dos pacientes, além da diminuição de incidência de tumores malignos mamários. Mais estudos são necessários para que se tenham conclusões mais claras a cerca do uso de ômega 3 na prevenção, e no tratamento de indivíduos com câncer.

     

  • Palavras-chave
  • Câncer de mama, ômega 3 e câncer, Ácidos Graxos EPA e DHA
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Alimentos e Nutrição (Tecnologia dos alimentos, microbiologia dos alimentos e áreas afins)
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